4 de junho de 2012

Português traiçoeiro


Como diz o adágio popular, “O português é uma língua muito traiçoeira”, se falarmos da sua aprendizagem por uma criança de 1 ano e meio, a sentença não poderá ser mais verdadeira.
A pequenita é muito dedicada à aprendizagem da sua língua materna, nota-se mesmo que faz um esforço em repetir o que ouve e por o fazer o mais parecido ao que lhe é dito. Por vezes repete 3 ou 4 vezes uma palavra e nota-se que por vezes melhora a cada repetição. Corro o risco de não ser muito imparcial na avaliação pela ligação de pai que tenho com ela, mas acho que não estou a cair em exageros.
Ontem estava sentada à mesa e dirigiu-se a mim com um “Pai, a puta!”. Fiquei um bocado espantado com o vocabulário, sem saber muito bem o que dizer, primeiro porque não sabia onde teria ido buscar tal palavra e segundo por ela não conhecer ninguém que pratique a actividade. Repetiu novamente, agora estava eu a olhar para ela e pude perceber-me pela colher que tinha na mão que tinha acabado de comer a compota de “Fruta”.
Corrigi-a mas ela insistia naquela palavra. Tive uma ideia, e que tal em vez de “fruta” dizer “frutinha”. Obviamente que o resultado não foi muito melhor pois a dificuldade dela era em dizer “Fr” e não “uta”, logo não era solução a suposta brilhante ideia.
Como viu que aquela palavra tinha causado uma reacção diferente, insistiu vezes sem conta até se fartar. A tarefa agora terá de passar por ensiná-la a melhorar a sua dicção no que respeita ao “Fr”, de preferência com recurso a outras palavras.

1 comentário:

  1. As crianças são inocentes!
    Prepara-te que episódios do "Português traiçoeiro" ainda não terminaram. A fase dos 6 anos, quando for para escola e aprendar juntar letrinhas, também vai ser engraçada porque todos os garotos acham piada ao execercício do "p", ainda mais dizer em frente das pessoas, para os pais sentirem-se envergonhados:
    pata
    peta
    pita
    pota
    p...a

    Carla

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