29 de junho de 2011

Jovem e idoso

Há palavras que simplesmente não gosto. A grande maioria delas não tem a ver com a sua sonoridade ou com o  significado real, mas com a carga que geralmente as pessoas que as usam lhe atribuem. Duas dessas palavras são jovem e idoso. 
No primeiro caso penso que sempre teve associado à forma como a ouvia quando eu próprio era mais... jovem. Sempre que ouvia alguém a dizer, "Tu ainda és um jovem" lá se me arrepiava a espinha e me contorcia interiormente a pensar, "Ai, que já estou a passar por irresponsável". Porventura eu é que estava a ser preconceituoso e a pessoa estava na sua ingenuidade a querer dizer-me que ainda não tinha a experiência suficiente para atingir determinadas conclusões, mas não era assim que eu entendia. Aliás, ainda hoje quando oiço alguém dizer jovem, a conotação que me parece atribuírem à palavra é geralmente negativa.
O desgosto pela palavra idoso não está relacionado com o ser tratado dessa forma, evidentemente, mas por achar que se chama idoso quando se quer "falar caro" ou por ser feio usar a palavra "Velho", à qual já acho alguma piada. Até parece que ao se chamar velho a alguém se está a insultar a pessoa! Na minha pequena mente associo sempre um "idoso" a quem não está bem na sua própria pele e que ainda vive na ilusão de ser novo. Na minha opinião, quem tem mais de sessenta e cinco anos (idade da reforma por velhice), é velho. Se assim é, há que o chamar dessa forma.
Eu quero chegar aos sessenta e cinco anos, ser velho e ser tratado como tal. O ser tratado como tal implica que seja respeitado pelos meus cabelos branco, pelas minhas experiências boas ou más, por ter chegado vivo a essa idade e espero ao chegar lá ter alguma coisa para ensinar humildemente aos mais novos. Acho que vou também usar e abusar do "no meu tempo...".

27 de junho de 2011

Casório

No passado Sábado, eu, a minha esposa e a pequenita, deslocámo-nos até ao norte do país para assistir ao casamento de um casal amigo, que é colega de trabalho da minha amada. O dia não estava propriamente fácil para fazer duzentos e tal quilómetros de carro, visto estar um calor abrasador, mas considerando o motivo, lá fomos.
Como o casamento era só às quinze horas, parámos primeiro em casa dos pais de uma outra colega da minha esposa, onde fomos muitíssimo bem tratados, alimentados e mais tarde iríamos pernoitar. Após uma bela almoçarada e depois de nos equiparmos, lá fomos então até à Igreja.
Após a cerimónia, à qual assisti em local privilegiado debaixo de uma árvore, lá seguimos até à quinta onde seria servida a paparoca. Como não conheço aquelas paragens, limitei-me a seguir o casal M&M. Chegámos à placa com o nome da quinta, esperava-nos à entrada do parque a acenar um mimo (palhaço mudo) e lá entrámos. Estacionámos os bólides, sacamos a tralha que nos acompanhava, encaminhámo-nos para o espaço relvado, todo bem decorado, e abancámos nuns belos sofás de jardim, enquanto a minha amada trocava a fralda à piquena.  
Os convidados foram chegando e não havia maneira de chegar ninguém conhecido, eu com o ansiado suminho na mão lá ia vendo a malta a chegar sem conhecer ninguém, coisa que para mim era normal visto não ser de lá e não ter entrado na igreja. Para o casal que nos acompanhava já não era assim tão normal. Começou-se a gerar ali alguma desconfiança, que foi desfeita passado poucos minutos quando chegaram os noivos.
Lá vimos a charrete chegar junto ao tapete vermelho e nesse momento ouvi o comentário “Não são estes noivos!”. Por esta altura o suminho de laranja já ninguém me tirava e no máximo o que poderia acontecer era ser-mos postos a mexer, o que também não era grave, considerando que andávamos à procura de outro casamento.
A única solução era sair nas calmas, para isso bastava posar para o cameraman que entretanto me rodeou, aguardar que a mãe e a filha chegassem e no limite, dar os parabéns aos noivos.
A minha cara-metade chegou e transmiti-lhe:
- Estamos no casamento errado!
Ao que ela respondeu:
- Como é que sabes?
A resposta era fácil.
- Olha para os noivos.
Lá saímos tentando manter a naturalidade e não nos escangalhar-mos a rir, e lá abandonámos o local em busca da outra quinta, da mesma empresa, daí a confusão, com uma história engraçada para contar aos netos.
Quanto aos noivos, continuam felizes e casados.

26 de junho de 2011

Paris, Paris...

28 de Agosto de 2006
De todas os locais que já visitei, aquele que mais me fascinou e ainda continua a fascinar, é Paris. Desde que fui pela primeira vez a Paris, em 1988, tenho lá voltado sempre que posso e neste momento já perdi a conta aos regressos à Gália. 
Ultimamente, se calhar por não ver a Torre Eiffel há perto de três anos, tenho sentido uma enorme vontade de lá voltar. Sem dúvida que o facto de grande parte da minha família habitar naquele país é importante para sentir a falta daquelas paragens, mas falta-me mais.
Se pudesse escolher um sítio para viver, claramente esse sítio seria São Jorge, mas um sítio para visitar regularmente, então aí seria definitivamente Paris. Há qualquer coisa no ar quando se está em Paris, é uma espécie de magia que realmente transforma aquele local na "Cidade Luz". Há um brilho diferente!
Até a arquitectura do normal edifício parisiense é cativante, dá vontade de caminhar por aquelas ruas, ver os pequenos "bistrots" tão típicos, com aquelas cadeiras de madeira nas pequenas esplanadas. É também extremamente agradável ver o rio Sena ser navegado pelos compridos "Bateau mouche", enquanto passam debaixo das pontes construídas em pedra. Há sem dúvida um glamour único.
Sinto também a falta de ouvir falar francês, de ouvir aquela língua que para muitos é irritante, mas que tem uma musicalidade delicada, quase como se se falasse com pinças. Acho que o francês é o único idioma no mundo que permite às pessoas insultarem-se quase de boca fechada e dizer asneiras com graciosidade.
Enquanto a crise não abranda vou ficando mesmo por cá, a ouvir o belga Jacques Brell para ver se isto acalma, Agosto está mesmo aí à porta e entretanto chega a família.

24 de junho de 2011

Quatro senhoras à volta da mesa

Quando pego no volante costumo ter como banda sonora a musica/converseta passada na Antena 3, não por ser teoricamente uma rádio "jovem", que logo à partida me levaria a excluí-la por detestar esta palavra, mas porque o pessoal que por lá anda até acaba por dizer umas coisas que me agradam, algumas delas por serem mais aligeiradas a atirar para a parvoíce.
À sexta-feira como é hábito "juntam-se quatro senhoras à volta da mesa" e falam de um tema qualquer ou simplesmente divagam até não poder mais. Pode parecer que isto está a ficar abichanado mas não é o caso, há que ter a mente aberta. É verdade que grande parte das vezes aquilo descamba para conversa de gaja, mas nada como um gajo estar a par do que as mulheres pensam.
O prazer de ouvir aquela rubrica, ou outras que passam na rádio enquanto se conduz, passa por ouvir algumas vezes determinadas coisas que nos levam também a outros devaneios, os quais não nos roubam habitualmente grande espaço na mente. 
Hoje a senhora Rita Ferro, a quem acho uma certa graça pelo sentido de humor um tudo nada corrosivo, leu um texto no qual explicava como ficava fascinada por poder conhecer novas pessoas, pela oportunidade de se reinventar a ela própria e poder dar-se a conhecer de diferentes formas.
Realmente esta é uma visão das coisas que acabo por achar interessante, embora não me vá agora por aí na rua a meter conversa com toda a gente, primeiro porque sou casado e depois porque não quero que toda a gente fique a saber que tenho uma falha na mona. Sem dúvida que somos inúmeras pessoas numa só, com os mais variados papéis e reacções em função das situações ou relações com as pessoas com quem convivemos. 
Outra coisa com a qual concordo com o lido pela Senhora Rita Ferro, é que às vezes a sociedade e a previsibilidade que os outros esperam das nossas reacções nos rouba alguma liberdade. Neste caso, parece-me ainda que quanto mais honesta e atinada for a pessoa mais previsível se torna, porque a este o comportamento não foge muito do alinhamento com as regras. Já aos pulhas é que é permitida alguma criatividade, pois umas vezes o canalha até pode portar-se bem e de um momento para o outro ter mais um número de improviso e surpreender o espectador. 
Enfim nada como uma deambulação mental de sexta-feira à tardinha para fugir à rotina.

22 de junho de 2011

Um século e tal

A mulher mais velha do mundo de 114 anos faleceu, chamava-se Maria Gomes Valentim e era de Minas Gerais. Segundo ela o segredo da sua longevidade era o pequeno almoço à base de pãezinhos e fruta. Há uns anos uma senhora francesa, Jeanne Calment, chegou aos 122 anos (melhor marca mundial) e revelou que o seu segredo era um copo de vinho do Porto e um quadrado de chocolate diariamente. Outro Senhor da Arábia Saudita que chegou aos 110 anos, utilizou o método do leite de cabra, também diariamente.
Dito isto parece-me ser fácil de concluir que beber vinho do porto e comer chocolate é meio caminho andado para se morrer de velhice, ainda que contrarie os conselhos da medicina convencional. Ou então, eventualmente, conjugar todos os métodos e arriscar viver até aos 140 anos.
No que me toca, espero daqui a 100 anos não ser notícia por ter conseguido ser o Homem mais velho do mundo, atingido a marca dos 130 anos, utilizando o método da mousse de chocolate e da bolacha torrada.
Por mim basta-me não morrer tarde demais, não gostava de viver até a vida perder o completo sentido, sem manter minimamente as minhas faculdades físicas e mentais, que às vezes já deixam a desejar.
O avanço incrível da medicina nos últimos anos, se por um lado é extraordinário pelos motivos óbvios, por outro lado começa a garantir-nos uma esperança de vida que por vezes ultrapassa o "necessário", levando a que algumas pessoas não consigam manter a sua dignidade na hora de entregar a alma ao criador.
Esta senhora teve de assistir ao funeral do filho que faleceu com 75 anos, já não era nenhum rapazola, todavia não teve a mesma longevidade da progenitora. Penso que só por aí não vale a pena viver tanto tempo.

P.S. -  Embora possa parecer, não tenho nada contra as pessoas viverem muito tempo!

21 de junho de 2011

Arranque fotográfico

Embora fosse um leigo na matéria, sempre gostei da arte fotografica. Quando digo leigo é a mais absoluta verdade, a minha máquina era uma vulgaríssima compacta daquelas que toda a gente tem e que nos permite tirar aqueles retratos caseiros nas festas de aniversário, aquelas memórias das férias e uma ou outra habilidade mais arrojada, mas que se limita a um clique.
Há cerca de um ano atrás e por ter alguns amigos também adeptos dos tais cliques, comecei a pensar em eu próprio investir uns trocados num brinquedo um bocadito mais a sério. Comentei com a minha querida esposa, também ela apreciadora da modalidade mas não praticante, que me incentivou a fazê-lo.
As condições estavam a começar a ficar reunidas, já tinha a autorização dela (sim porque quem manda em casa são as esposas, os maridos se pensam ao contrario desenganem-se), tinha os trocos portanto só faltava escolher o equipamento. Aconselhei-me com quem percebia mais do que eu, pesquisei nos locais habituais e decidi-me por uma Canon 450D.
Meti-me no carro e fui loja do pessoal que não é parvo e estava esgotada. Voltei a entrar no bólide e fui à concorrência, a casa do Belmiro, onde me disseram o mesmo. Felizmente, na Marinha Grande havia a dita máquina e como sou teimoso tive de lá ir logo na hora.
Com o brinquedo novo nas unhas, agora já só faltava aprender a mexer naquilo. Portanto, comecei a pesquisar tudo quanto podia, a ler sites, fóruns, livros e lá percebi o essencial da técnica para fazer umas brincadeiras. Fiquei completamente viciado, tendo a noção de fotografia sido completamente alterada e despertando-me muito mais a curiosidade pelo que vejo.
Obviamente que com um ano a explorar o assunto e sem a mínima formação a sério na matéria sei o suficiente para só fazer asneiras, ainda assim o bichinho está cá e quero que ele cresça. 
Deixo aqui 4 fotos que tirei o ano passado na etapa da Volta a Portugal que passou por Leiria, cujo resultado até nem me parece ter ficado mau de todo.





20 de junho de 2011

Fute-carcanhol

Como já toda a gente deve ter ouvido falar, até porque é quase impossível passar despercebido a quem vive em portugal, não param de haver surpresas bombásticas no mundo futebolístico português. O meio da bola é inevitavelmente e sem qualquer dúvida um desporto de massas, nas diversas possíveis associações à palavra.
O dinheiro manda tudo e se isso é verdade nas outras áreas da sociedade, no futebol ainda mais. No caso associado a essa mediática notícia, o desaparecimento do Estrela da Amadora, o centro do problema foi exactamente a falta do dito carcanhol.
O Estrela da Amadora a par de outros históricos do futebol português, que me fui habituando a ver no campeonato nacional, foram desaparecendo aos poucos tal como parecia inevitável a quem assistia a algumas loucuras com os pés assentes na terra. Parece-me que nem vale a pena especular sobre o assunto, tal é a clareza dos motivos, só me interrogo como é que ainda há clubes que ainda não se aperceberam de que se a perna é curta o passo não pode ser grande, nomeadamente o União de Leiria, que espero não me enganar, mas também terá os dias contados.
Como é natural não me agrada ver clubes com dezenas de anos a desaparecer, mas sinceramente acho-o preferível a ver os adeptos anónimos a enterrar o seu trabalho, meia-dúzia de pançudos a encher os bolsos e o fosso aumentar infindávelmente. Se tiverem de acabar, que acabem!
Ah, já quase me esquecia, parece-me que ouvi na rádio ou na televisão, já nem me lembro bem, que há um rapaz no norte, treinador de futebol, que está para mudar de ares. Não sei se isso é verdade ou não, até porque ele é mesmo muito fanático pelo clube, daqueles que até tinha um cachecol, ainda para mais, lá onde ele estava até tinha um assento invejável. 
Enfim no glorioso mundo futebolístico o que hoje é verdade amanhã é mentira e vice-versa.

19 de junho de 2011

Chef

Até ontem a minha principal especialidade culinária era, nem mais nem menos do que... Pão com manteiga. Sim, eu sei que para o comum dos mortais é deveras impressionante alguém ser um exímio executor de pão com manteiga, mas nem todos temos as mesmas capacidades e há que aceitá-lo. 
Esta minha inaptidão deve-se não a azelhice, mas à ausência de ferramenta adequada! Pois bem, sexta-feira esse calvário acabou. Eu e a minha esposa conseguimos finalmente reunir os trocos necessários, adquirimos uma fantástica engenhoca fabricada na terra dos bárbaros e que me deu finalmente a faculdade de criar os mais impressionantes pitéus.
Graças a esse equipamento da mais refinada engenharia alemã, já elaborei ontem um delicioso "strogonoff de frango" que diga-se de passagem, estava não só extraordinário, como faria certamente corar de vergonha um qualquer Chef Silva. Portanto se a coisa continuar desta maneira, marcarei presença na próxima edição no Peso Pesado.

Minha pequenina...

Antes do nascimento da minha pequenota, tinha pensado em fazer dezenas de coisas, umas para ela, outras com ela, na maioria das vezes fazendo suposições em relação ao carácter dela, aos gostos e educação que pretendia dar-lhe. 
Obviamente tudo isto depende de mim numa ínfima parte, até porque não é meu objectivo controlar-lhe o futuro, muito pelo contrário, acho que o mais importante é ela ser feliz, seja lá isso o que for, e sentir-se realizada. 
Voltemos à terra. Uma das coisas que tinha pensado fazer era ir-lhe escrevendo algumas coisas, principalmente enquanto ela não consiga criar memórias que recorde na vida adulta. 
O meu objectivo não era pegar num livro daqueles que se vendem nas livrarias e anotar datas, tipo "Primeiro dente-x", "Primeira palavra-Y". O que eu pretendia era relatar-lhe algumas coisas por mais insignificantes que sejam, vistas a partir dos meus olhos, até para que eu próprio um dia as possa recordar. 
Como pretendo que os relatos sejam escritos de uma forma natural e sem grande ponderação, decidi escrever num pequeno livro, à mão e sem rascunho. Hoje foi um desses dias em que escrevi à minha filha, disse-lhe entre várias coisas, que gosto de a ver rebolar quando pretende chegar a um objecto, por não dominar completamente o gatinhar. Estas pequenas pérolas não têm campos onde ser anotadas nos livros de compra.

17 de junho de 2011

Cisne Negro

No passado sábado, eu e a minha amada tivemos finalmente a oportunidade de passar um serão como já há algum tempo não se proporcionava, desfrutámos de uma sessão de cinema à la maison (se dissesse “cinema caseiro” as mentes mais criativas descambavam para o lado da rambóia e assim sempre dá um certo nível à coisa)!
Como nos tinham emprestado o “Cisne negro” há uns tempos e a pequenita até adormeceu cedo, decidimos acamar o costado no sofá e ter um serão cinematográfico. Confesso que pela ideia que tinha do filme, resisti a vê-lo enquanto pude, segundo tinha ouvido, a história era pesada e não estava com muita paciência para tragédias.
Lá começou o filme e não demorou muito a perceber que realmente o filme não iria ser, particularmente, do meu agrado. Não acho que o filme seja propriamente mau, que o argumento seja fraco ou as prestações dos actores ficassem aquém do expectável, o que me desagradou foi o ambiente demasiado depressivo e embrulhado que pairava durante o desenrolar da acção, sendo minha opinião, pouco cativante.
A juntar a tudo isto, a trama gira em torno de uma bailarina de ballet! Não é preciso dizer mais nada pois não?!
A prestação da Natalie Portman é absolutamente irrepreensível, se calhar foi por isso que lhe deram um Óscar! A moça encarna o papel de forma brilhante e nota-se que deve haver ali muito trabalho de casa.
Apesar do filme não ter sido extraordinário, o serão foi bem passado principalmente pela boa companhia.

16 de junho de 2011

Twitter

Há uns dois ou três anos atrás, um avião foi forçado a amarar no rio Hudson (se calhar por ser no rio devia ser “arriar”), devido a problemas dos quais não estou a par, nem sequer interessa para o caso. Não morreu ninguém segundo me lembro.
Um dos passageiros utilizou uma funcionalidade através do telemóvel, inventada por aquelas alturas, para transmitir informações do interior da aeronave e dar a conhecer na primeira pessoa, os sucessivos acontecimentos. Essa ferramenta era Twitter.
Como curioso e viciado na internet que sou, tive de ir logo investigar o que era aquilo. Tratei de criar logo a minha conta no dito espaço, embora a minha utilização fosse apenas a partir do computador.  
Com o passar do tempo aquilo tornou-se para mim um bocado desinteressante, não tenho grande coisa para divulgar através do twitter, a minha vida não interessa a ninguém e nem sequer tinha, nem pretendia ter, grande público para o que poderia twittar. Portanto fui deixando de utilizar aquilo, até ao ponto de deixar mesmo de consultar o espaço.
Há uns dias em conversa com um amigo meu, grande adepto das twittices, dizia-lhe exactamente o que relatei, ao que ele me respondeu que o interesse dele era mais no sentido de se manter informado, do que de informar. O que ele seguia eram essencialmente meios de informação.
Pus-me a pensar naquilo e de facto até me pareceu fazer algum sentido ter a possibilidade de me manter a par das glórias do mundo, ainda para mais agora que já evolui para um espantoso smartphone. Cheguei a casa fui ver se o twitter ainda contava comigo e para meu espanto, contava mesmo! Mais, ainda lá tinha o meu histórico, que entretanto acabei por apagar.
Fui pesquisar alguns utilizadores que poderia seguir e neste momento já me sinto novamente integrado nesse mundo. Pelo andar da carruagem qualquer dia ainda passo a utilizar os cento e não sei quantos caracteres que me são disponibilizados por “post” e ainda dou também umas twittadelas.

15 de junho de 2011

Uma aventura... no alcatrão

Há dias em que pegar no carro e conduzir, pelos caminhos de Portugal, é uma aventura mais mirabolante e intensa do que as aventuras do Indiana Jones. Hoje foi um desses dias.
Ainda não tinha cinco minutos de estrada e já estava a travar bruscamente para não atropelar uma senhora, que decidiu atravessar a estrada, acompanhada pela sua “pochette”. Lá continuei o caminho e uns duzentos metros depois, mais uma senhora agora em pijama e desafiar-me o para-choques. Mal tinha tido tempo de retomar a velocidade normal e agora um jovem barbudo a ouvir música, que deve ter apostado consigo próprio conseguir safar-se passando a correr à frente de dois carros, um em cada sentido. Ganhou a aposta e sacou-me o primeiro insulto do dia.
A coisa não estava fácil, mas pode sempre piorar, nem dois quilómetros depois destas habilidades e já me estava a desviar de um palerma a alta velocidade a quem a própria faixa não chegava. A esta hora já o meu vocabulário era todo ele elegância.
A certa altura, curvo à direita e dou de caras com um senhor que resolveu descer da sua bela pasteleira, dar dois passos da berma para a esquerda e fazer a sua bela caminhada. Resultado, um S e um impropério!  
Ainda dentro da mesma aldeola uma senhora com um volumoso cabelo bem lacado que seguiu a lógica do senhor anterior, aqui o grau de dificuldade da manobra aumenta por haver um carro a circular em sentido inverso.
Terriola seguinte e eis que encontro o já conhecido “senhor do BMW cinzento que não gosta de andar a mais de 40 km/h”. Manteve-se coerente com a sua máxima e fez-me andar seis quilómetros a esta velocidade, a maioria deles a descer em direcção à Batalha. Eu próprio, fui bastante coerente e neste trajecto todas as minhas palavras começaram por “F”.
Devido às obras na entrada da EN 8, tive de recorrer a um atalho, não sem antes aguardar parado na estrada, durante o tempo suficiente que permitisse a entrada no IC2, da também já famosa “Senhora do Ford Escort preto que gosta de passar duplos traços contínuos”.
Já estava quase a chegar ao trabalho, portanto já só me restou a oportunidade de quase atropelar um ciclista que fez uma curva demasiado por fora. Contudo, o senhor foi educado o suficiente para pedir desculpa pela habilidade.
Com tanta peripécia tive de confirmar se hoje se comemorava o “Dia do Palerma”, segundo a Wikipédia e para grande surpresa, não comemora!
Definitivamente, há dias em que não nos devíamos levantar da cama.

14 de junho de 2011

Pequeninos Portugueses

Como ontem escrevi sobre o que me enche de orgulho em ser português, torna-se inevitável falar também no contrário, não que eu tenha vergonha de ser português, o que lamento é alguns comportamentos tipicamente nossos e que algumas pessoas tenham a mesma nacionalidade que eu.

Lamento que sejam Tugas:
- A palavra “Tuga”;
- Os meus vizinhos de cima;
- O chico-espertismo. Temos uma incrível atracção por fazer as maiores parvoíces e vangloriarmo-nos por as termos feito. Quanto maior for a “habilidade” mais aplaudido é o artista;
- O estado civil da culpa quando ela morre. Nunca foi ninguém e se foi, foi sem querer;
- A nossa condução. Com o volante nas mãos ganhamos superpoderes e só fazemos… merda;
- Aquelas pessoas que não conseguem conduzir na faixa da direita e aquelas que estacionam onde não devem;
- Aquele senhor do partido cor-de-rosa que se atirou do poleiro abaixo, bem como os restantes boys e outros da mesma laia;
- A unha comprida no dedo mínimo, em conjugação com o palito e a mítica meia branca da raquete;
- A falta de capacidade de planeamento. Somos mestres a usar, desmesuradamente, a capacidade de desenrascanso;
- O fadinho da desgraça. Preferimos armarmo-nos em vítimas, a arregaçar as mangas e levar as coisas para a frente;
- Os desequilíbrios da nossa auto-estima. Se corre mal somos os piores do mundo, se corre bem somos os melhores do mundo;
- O menosprezo do que é nosso. Tudo o que é estrangeiro é sempre melhor, mesmo que sejam os restos dos outros;
- O José Castelo-Branco. Cada vez que vejo essa “coisa” na televisão dá-me uma vontade de lhe malhar com um barrote!
- A TVI com a sua faca e alguidar;
- Os portugueses que têm vergonha de o ser. A estes deixo um conselho, devolvam o BI ou o cartão do cidadão e ponham-se na alheta;

13 de junho de 2011

Enorme Portugal

No passado dia 10 de Junho comemorou-se mais um Dia de Portugal e afins, data essa que deveria, na minha opinião, servir para fazer sobressair o orgulho dos portugueses na sua identidade e pelos feitos conseguidos por nós.
Como já estou cansado de ouvir falar nos FMI’s, nas dívidas públicas, que somos todos uns coitadinhos, que ninguém gosta de nós, que a Europa nos vai mandar um chuto no cú, enfim a lengalenga do costume, decidi colocar aqui alguns dos motivos que me fazem orgulhar de ser português.
Aqui vão eles:
- Os meus pais, a minha esposa e a minha filha são portugueses;
- Conquistámos os mares, descobrimos meio mundo e tivemos um dos maiores impérios, senão mesmo o maior, que foi também o primeiro império global, espalhado pelos cinco continentes;
- Dobrámos o Cabo Bojador, o Cabo da Boa Esperança, descobrimos o caminho marítimo para a Índia, fomos os primeiros a dar a volta ao mundo (Fernão de Magalhães era português mas trabalhava a recibos verdes para os espanhóis);
- Demos várias coças nos espanhóis, a maior de todas na Batalha de Aljubarrota, no meu São Jorge;
- D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável;
- Portugal foi o primeiro país a abolir a pena de morte, em 1867;
- Somos um dos países mais antigos do mundo moderno, fomos fundados em 1143 e o primeiro a manter-se até aos dias de hoje com as mesmas fronteiras;
- Por cá nasceu o Fernando Pessoa, o Camões e o gajo que ganhou o Prémio Nobel da literatura, com quem eu não simpatizo por ele crer que fossemos todos espanhóis;
- Somos o maior produtor mundial de cortiça;
- A única plantação de chá da Europa é nos Açores;
- Inventámos o chá das 5 que os ingleses bebem;
- Temos uma cultura riquíssima e a sexta língua mais falada no mundo, também conhecida por ser uma das mais difíceis que há;
- Falamos Inglês sem fazer as figuras tristes de franceses e espanhóis;
- Temos o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, entre muitos outros monumentos, onde também se pode incluir a Soraia Chaves;
- Temos o Souto Moura, aquele sicrano que ganhou um Pritzker;
- Temos praia, montanha, planície e floresta, em pouco mais de 92 300 km2;
- Temos os melhores emigrantes do mundo;
- Recebemos em nossa casa como ninguém, quem não acreditar experimente ir ao estrangeiro;
- Temos uma gastronomia vasta e do melhor que se pode encontrar, do vinho então nem se fala;
- A Amália, o Carlos Paredes e fado são nossos;
- O Joaquim Agostinho também;
- O Eusébio, o Figo e o Ronaldo são portugueses, todos eles benfiquistas desde pequeninos, embora dois deles não o admitam;
- O único treinador do mundo que é especial, José Mourinho, é lusitano;
- O maior clube do mundo, o SLB!
Tenho dito.

12 de junho de 2011

Ciclismo

A mais conceituada de todas as provas velocipédicas, o Tour de France, terá neste ano 21 etapas feitas em 23 dias, serão percorridos 3430,5 km, onde existem subidas de quase 14 km, como é o Alpe d’Huez. O camisola amarela cumprirá, provavelmente, a prova a uma velocidade média, superior a 37 km/h!  
Eddy Merckx, possivelmente o melhor ciclista de todos os tempos, disse que ninguém consegue subir os Pirinéus só a comer bifes. Certamente, ele melhor do que ninguém saberia do que estava a falar.
Curiosamente o doping não é igual para todos os desportos, ou seja, a nandrolona é considerada doping quando um futebolista acusa mais de 2 ng/ml de sangue mas o ciclista pode acusar 5 ng/ml de sangue.
Toda esta introdução, se deve ao facto de gostar bastante de ciclismo e de hoje ter tido a oportunidade de ver o “60 minutos” da CBS, transmitido na SIC Notícias, em que o entrevistado era Tyler Hamilton, campeão olímpico de ciclismo em 2004.
Tyler Hamilton assumia ter-se dopado inúmeras vezes durante a sua carreira, tal como já haviam feito os seus ex-colegas de equipa George Hincapie e Floyd Landis. Para além de assumirem as suas dopagens, indicaram como é sobejamente conhecido, que todos ou praticamente todos os ciclistas estão familiarizados com a utilização de EPO, esteróides, testosterona,  autotransfusões sanguíneas, e por aí fora.
Hamilton indicava Lance Armstrong, também seu colega de equipa, como estando não só envolvido, mas sendo um dos mentores dessas actividades. Fazia-o enquanto financiava as instituições anti-dopagem e enquanto era sujeito a inúmeros testes, provavelmente alguns deles positivos, como aconteceu em 2001 na volta à Suíça.
Não me sinto surpreendido com o conteúdo da entrevista, tendo em conta a podridão a que se tem assistido nos últimos anos, só espero que finalmente seja feita alguma coisa para que no próximo mês não tenhamos de assistir a mais 21 fraudes.

10 de junho de 2011

Fotógrafo de guerra

A 23 de Outubro de 2010, o fotojornalista João Silva, enquanto fazia mais uma das suas reportagens de guerra no Afeganistão ao serviço do New York Times, pisou uma mina que lhe provocou a perda de ambas as pernas e várias lesões internas. 
João Silva, era já bem conhecido no meio, sobretudo pela qualidade do seu trabalho e coragem nos cenário mais complicados. A comprová-lo está a atitude de João Silva que mesmo depois de ter sido atingido pelo rebentamento da minha, continuou a disparar a sua máquina fotográfica, resultando estas três fotos abaixo.



O fotógrafo está a recuperar desde o infortúnio do qual foi vítima, e já começou a andar com a ajuda de duas próteses. O seu trabalho pode ser admirado no seu site, http://www.joaosilva.co.za/08_index.html

9 de junho de 2011

Arizona

Scottsdale, Arizona
Um extraordinário exemplo do que se pode encontrar nas bibliotecas da National Geographic.

8 de junho de 2011

Estrunfes e Gauleses

Ontem li uma notícia no “Público”, onde um intelectual francês acusava o cartoonista Peyo, criador dos estrunfes, de passar mensagens subliminares defendendo o comunismo, através das aventuras dos bonecos azuis.
Após exaustiva análise feita aos livros dos gauleses Astérix e Obélix, eu próprio venho revelar ao mundo que também os seus autores, Gosciny e Uderzo, transmitiam mensagens implícitas, neste caso, com a intenção de satirizar a imagem da GNR.
Senão vejamos, a grande maioria dos gauleses usa bigode, a analogia é tão evidente que nem a mente mais fértil consegue rebater este argumento. Penso que este atributo piloso, até há bem pouco tempo, fazia parte dos pré-requisitos de selecção dos candidatos a guardas.
A grande maioria dos gauleses tem um porte atlético a atirar para o cheiinho, consequência do seu apetite voraz. Existirá algum GNR enfezado e mau garfo? Aí vão dois.  
A característica mais conhecida dos gauleses, é gostarem de andar à lambada, francamente nem conheço sequer uma personagem de banda desenhada que consiga distribuir mais fruta que o Obélix. Aqui está uma clara alusão aos métodos de psicologia educativa avançada praticados pela nossa Guarda. Quando pretendem que alguém se lembre de factos que teoricamente se havia esquecido, desatam a aconselhar os rufias a fazer um exercício de memória.
As provas são conclusivas, inequívocas e demonstram a existência de lóbi contra a Guarda.
Irei continuar alerta, já que certamente não faltarão contos infantis pejados de recados maléficos!

Para que fique claro, não tenho nada contra a GNR, tenho inclusivamente um familiar e afilhado que é GNR e esta crónica foi uma mera brincadeira, na sequência das incríveis teorias de conspiração que se ouvem por aí. Espero que seja entendida como tal. 

7 de junho de 2011

Ah Grande Nuno Gomes

Em toda a minha vida devo ter assistido a quatro ou cinco jogos de futebol no café. Sou um grande aficionado da bola, mas por despertar muitas emoções, roubar algum discernimento e tolerância prefiro ver as jogatanas em casa, onde posso resmungar sozinho e não tenho de aturar os resmungos dos outros. O meu pai ensinou-me que por muito que se goste de futebol, a sua importância não é suficiente para arranjar inimigos, acho que ele tem toda a razão.
Numa dessas raras vezes, tinha para aí uns catorze ou quinze anos, fui ao Café do Senhor Serrano ver um Benfica contra “os outros” (não me lembra quem era o adversário), ao meu lado estava um senhor, se não me engano até era “lagarto”, preferência que não o impedia de ser um grande admirador do Nuno Gomes. A cada remate de um benfiquista à baliza adversária, o dito senhor gritava “Ah ganda Nuno Gomes!”. Obviamente o massacre do Nuno Gomes ocorreu durante noventa minutos mais uns quantos de descontos, mesmo tendo passado a primeira parte no banco e metade da segunda atrás da sua baliza a aquecer. Nem me lembro sequer se depois de entrar, o matador, teve oportunidade de “molhar a sopa”, sei é que fez uma extraordinária exibição, até fora do campo.
Também eu, ao contrário da grande maioria das pessoas, sou um grande admirador das qualidades do Nuno Gomes. Acho que pagou caro por nunca ter sido um ponta-de-lança convencional e ter de arcar com esse rótulo. Na minha opinião, sempre foi um jogador de equipa excepcional, um “segundo” ponta-de-lança que abria espaços e assistia impecavelmente o finalizador.
Como Benfiquista foi irrepreensível, portanto custa-me vê-lo sair desta forma (caso se confirme), principalmente numa altura em que se adivinha a entrada de muita gente nova, onde é fundamental haver alguém que conheça os cantos à casa, que os acolha e integre no balneário. Por mim, merecia mais uma época de vermelho e uma despedida à sua altura.
Ah Grande Nuno Gomes…

6 de junho de 2011

Eleições

Por mais que se fuja é impossível passar ao lado do tema “eleições”, basta ligar a televisão, o rádio, ir trabalhar ou ao café, para ouvir as reacções e os comentários. Como é natural toda a gente tem a sua opinião e dá o seu palpite, girando muito em volta de um, “são todos iguais”. Perante os resultados, estamos com um sentimento mais de alívio momentâneo do que de esperança.
Como se previa e desejava, excepto 28% da malta que votou, o desfecho foi a queda injustíssima do Sócrates que em seis anos de poder não teve culpa de nada. Portanto, eu como cidadão responsável venho aqui comunicar que a culpa é integralmente minha, embora não tenha feito parte do governo nem votasse nele! Oh Zézito, meu caro, ganha juizinho e orienta-te!
Enfim, os dados estão lançados e embora se tenha mudado o titular do cargo, parece-me que o rumo será o ditado pelo acordo com a troika (que palavra tão jeitosa, até parece que estou a falar estrangeiro), tendo o novo primeiro-ministro e seus comparsas uma missão espinhosa, com pouca margem de manobra. Restando-lhes tão pouco espaço para improvisos, estou algo expectante em relação à forma como o Batman e Robin vão tratar da gestão do burgo. Ainda não percebi se este Batman é suficiente determinado e se ao Robin será dado espaço suficiente para se manobrar.

5 de junho de 2011

Um dia importante

Hoje é um grande dia e como tal não podia passar sem lhe ser feita qualquer referência. Só tenho pena que o assunto que lhe atribui essa grandeza não tenha sido mais falado nos media. Hoje dia 5 de Junho é dia Mundial do Ambiente. 
A pouco e pouco o tema tem ganho alguma dimensão aos olhos da sociedade, quer através da consciencialização, quer no desenvolvimento de tecnologias "Verdes". Apesar das novas formas de energia bem como a reciclagem serem sempre causas a defender e o caminho a seguir, é sempre bom lembrar que não são inofensivas do ponto de vista ambiental e que elas próprias têm o seu custo ecológico, sendo portanto fundamental e prioritária a redução. 
Voltando aos media, mais exactamente há dois anos atrás, um fotógrafo francês, chamado Yann Arthus-Bertrand, lançou precisamente neste dia um filme, de seu nome "Home", que mostra o planeta visto através de imagens aéreas. Yann Arthus-Bertrand divulgou este filme gratuitamente em cinemas, televisões e internet, por considerar ser urgente alertar a sociedade global para o iminente abismo, mostrando simultaneamente a beleza que nos rodeia, de uma perspectiva diferente. 
Como as gravações implicaram a geração de dióxido de carbono, Yann Arthus-Bertrand fez a sua compensação através do financiamento da plantação de árvores em vários pontos do globo. Já anteriormente tinha criado, para o desenvolvimento de iniciativas ambientais, a fundação, "Goodplanet" (www.goodplanet.org), cujo mote é "meter a ecologia no coração das consciências". 
O filme "Home" pode ser visto gratuitamente através do endereço www.homethemovie.org  

4 de junho de 2011

Exemplos

Não sou de esquerda, pois ao contrário de uma moça que ouvi falar a semana passada, já ouvi falar de Cuba, da China, da Coreia do Norte, e se se quiser fazer uma retrospectiva, da ex-União Soviética, como tal acredito que há ditaduras comunistas ou esquerdistas. 
Por esta altura e se alguns radicais lerem isto, já tenho um rótulo de fascista na testa, que também não é verdade, mas é para o lado que durmo melhor. 
Tudo isto se deve a hoje ter recebido um e-mail de um colega, com um vídeo sobre uma intervenção do Eurodeputado Miguel Portas, por quem embora não tenha excepcional simpatia, considero ter tido uma intervenção admirável, por ter sobreposto o que considerou justo em detrimento dos seus interesses pessoais.

3 de junho de 2011

E voto vai para...

Finalmente hoje é o último dia de campanha eleitoral, tal como se esperava foram duas semanas cheiinhas de … nada! Em consideração ao povo, os partidos esforçaram-se arduamente para solucionar os problemas da nação e corresponderam com rigorosamente … zero propostas válidas.
Daquelas mentes brilhantes jorraram ideias que todas somadas resultam num enormíssimo vazio e que no futuro poderão render mais do mesmo. Posso portanto concluir que este tempo todo, passado em vão, se revelou uma concreta nulidade para o país.
Quando a mais importante discussão se passa na pré-campanha em consequência de uma afirmação, arrojada e pouco sensata, do provável futuro Ministro das Finanças, Eduardo Catroga, que o meteu num problema cabeludo e fora de circulação, as conclusões estão tiradas.
Perante este cenário, o mais justo será no próximo domingo o desfecho ser um merecido e esclarecido voto em branco.

1 de junho de 2011

TED


Para quem gosta de se deitar tarde, como é o meu caso, dormir as manhãs de sábado e domingo até mais tarde são um luxo indispensável. Pois bem, a mais recente habitante cá de casa não pensa da mesma forma e infelizmente não há forma de a convencer do contrário.
Madrugadora com é, não poupa ninguém independentemente de ser sábado, domingo ou feriado e numa dessas ocasiões, deviam ser para aí umas nove horas da madrugada, penso que ainda devia ser mesmo noite cerrada, lá começou a chamar pelos pais a dizer que não tinha sono e tinha fome.
Como aqueles adoráveis cinco reis de gente já mandam mais do que o meu metro e oitenta, lá nos levantámos, eu e a mãe, para lhe satisfazer a vontade. Após cumprir as ordens da miúda e como as tarefas ao fim-de-semana são caseiras e permitem alguma flexibilidade, decidi ver o que estava a dar na televisão. Ao passar pela Sic Radical, vi um sicrano a falar para uma audiência, coisa que me pareceu pouco conforme com os conteúdos habituais do canal.Já não me lembro qual era o conteúdo da palestra, mas recordo que me prendeu até ao final.
Findo o episódio tive de ir à internet procurar por aquele nome “TED” para perceber em que consistia. Logo na primeira pesquisa encontrei o site oficial, onde explicava que “TED: Ideas Worth Spreading”, cujas iniciais significam Technology Entertainment and Design, são um projecto fundado em 1984 com o objectivo de divulgar gratuitamente o conhecimento.
O âmbito das palestras é o mais variado possível e pode ir do mais simples e divertido, ao mais inspirador e emocionante. Para que se perceba do que estou a falar, aqui fica um vídeo que ensina a atar os sapatos correctamente. Por incrível que pareça foi preciso chegar aos trinta anos para perceber que andei estes anos todos com os sapatos mal atados!