13 de junho de 2012

Sofrido

Hoje levantei-me com um pensamento optimista em relação ao resultado da selecção, contrariamente ao que tinha indicado o polvo Paulo, eu acreditava que Portugal ia ganhar à Dinamarca. Não era minha intenção subestimar os Vikings, mas tinha uma sensação positiva. 
Não tive oportunidade de ver a jogatana por apenas sair do trabalho às 18h30, no entanto em dias de jogo da selecção há sempre direito a relato no local de trabalho e por vezes até o patrão lá vai perguntar o resultado. Começámos bem e com relativa rapidez chegámos aos 2-0, depois começou o sofrimento com a redução da vantagem para 2-1 e os prognósticos começaram a ser mais reservados e a gerar alguma apreensão.
Com a segunda parte, e embora seja por vezes difícil ter a percepção pelo rádio da intensidade real do jogo e para que lado pende a balança, voltei a ter o sentimento de que estávamos melhor, embora a ansiedade permanecesse. Quando o relógio chegou às 18h30 saí em passo apressado, com um bocadinho de sorte ainda conseguia ver 10 minutos de bola. Nestes dias o transito está geralmente a favor por haver menos carros na estrada, e quando cheguei à frente da televisão ainda o relógio estava a entrar nos 80 minutos,  ou seja, mesmo a tempo do balde de água fria que foi o empate. Nesta altura a esperança quase desapareceu. Felizmente e quando já estava quase na hora do adeus, um tal de Varela dá uma valente biqueirada na atmosfera (daquelas que aumentam o buraco do ozono), e redime-se com uma meia-volta que mete a borracha na gaveta dinamarquesa! Foi a explosão familiar, com um "GOLO" colectivo em que até a minha querida mãe festejou. 
O futebol tem destas coisas, em épocas onde vivemos as depressões da crise, valha-nos uma alegria que não sendo fundamental para os nossos quotidianos, faz-nos sonhar um bocadinho com uma afirmação do país, mesmo que ao pontapé na bola.

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