20 de junho de 2012

Rio +20

Decorre no Rio de Janeiro entre hoje e sexta-feira a Cimeira Rio+20, que consiste abreviadamente num encontro entre representantes de vários países e Organizações Não Governamentais, com temas de discussão relacionados com o ambiente, desenvolvimentos sustentável e economia mundial.
A minha opinião em relação a esta cimeira é que é de elevada importância, sendo o princípio da sua organização de enorme valia. Mas, e há sempre um mas, considero que esta como muitas outras com âmbitos semelhantes aos agora debatidos, são de escassa eficácia. 
No início são criadas grandes expectativas, são feitos uns floreados com umas palavras bonitas, sempre com o ambiente a ser muito badalado, elaboram-se uns textos e umas propostas, vamos todos ser bons meninos daqui para a frente, porque o planeta tem recursos finitos e temos de nos preocupar com os nosso filhos, blá, blá, blá e mais blá.
A meio as coisas começam a mudar, um país estica para aqui o outro para ali, uns já só assinam um acordo se os outros cederem numa meta qualquer, enfim comportam-se como um bando de ricos avarentos por mais tesos que sejam e com o andar da carruagem estão todos mais preocupados com o seu umbigo do que com o bem global. 
No final elabora-se um acórdão bonito, vago e tão oco quanto possível, tiram umas fotos para o álbum de família, gabam-se dos esforços conjuntos e sobretudo dos próprios, para jornalista ver e o resultado final são migalhas. Infelizmente é este o desfecho que eu espero desta cimeira, o que é pena. Pode estar a perder-se uma grande oportunidade para dar uma cambalhota neste malograda crise. Há muito por resolver e este poderia ser o local para propor ideias com preponderância para ajudar a arranjar soluções. Temas como a Energia, gestão de recursos e cooperação entre países podiam ser caminhos muito importantes para impulsionar a economia, gerar emprego e minorar impactes, desde que no barco todos remassem na mesma direcção.

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