8 de junho de 2012

Violência nos telejornais


Os telejornais invadem-nos as casas diariamente com notícias e imagens habitualmente dramáticas ou mesmo trágicas, por vezes parece que no mundo só existe a desgraça ou só a desgraça é que merece atenção.
Se calhar fruto dessa constância de imagens violentas na televisão, fui-me anestesiando e tornando pouco impressionável com a crueldade que por lá passa. Não me era indiferente ver imagens de sofrimento, mas a comoção passava assim que desapareciam da vista.
Ultimamente isso tem sido alterado, sobretudo quando se trata de violência envolvendo crianças ou do seu sofrimento por alguma fatalidade, não necessariamente motivada por agressões. Nesta última semana então, tem-me sido particularmente difícil ver imagens dos incidentes ocorridos na Síria onde centenas de pessoas, independentemente da idade ou género foram executadas com uma crueldade indescritível.
Hoje à hora de almoço, vi um conjunto de imagens que se repetiram vezes sem conta na minha mente ao longo do dia. O bloco noticioso começou com uma série de corpos de crianças envolvidos em lençóis brancos, todas vítimas de mais um massacre perpetrado pelo exército sírio. Depois, um bebé com 3, 4 meses no máximo, com um estilhaço alojado na sua testa, escorrendo-lhe o sangue em dois fios pela carita enquanto chorava compulsivamente. 

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