29 de julho de 2012

Férias!!

Honrando as Leis de Murphy, que prevêem que "se as coisas puderem correr mal, correm mesmo e na pior altura", nada melhor que iniciar as férias e na primeira refeição já no modo de "relax", partir um dente. Sendo uma sexta-feira à noite, pior ainda!
Felizmente, no Sábado o dentista que me costuma tratar destas maleitas, estava a trabalhar e embora não me pudesse resolver o problema no próprio dia, agendou a consulta para amanhã às 11h. Alguns planos vão ter de ser alterados, contudo no meio do azar as coisas até correram bem, visto eu ir para fora até quarta-feira.
Agora o que é preciso é carregar baterias!!

26 de julho de 2012

Errei


Ontem ao escrever sobre o degelo ocorrido na Gronelândia cometi um erro. A camada afectada pelo degelo não tinha 2,1 km de altura média como referi, felizmente! A camada que possui 2,1 km em média é “permanente” e compõe o manto de gelo da Gronelândia, sendo a camada afectada a superficial, que é originada ao longo do Inverno pela neve que cai na região.
Ao escrever esta incorrecção, baseei-me na informação que encontrei em alguns jornais online (Expresso, Público e Diário de Notícias), que relatavam a informação divulgada pelos cientistas da NASA. Esta informação era essencialmente a mesma nos três jornais e omitia informação importante, como por exemplo, a altura de gelo afectada. A notícia, comum aos três jornais, foi relatada de forma enganadora e eu, embora achasse absurda a quantidade de gelo liquidificado (pela quantidade e por não ter provocado efeitos mais nefastos imediatos), publiquei-a na mesma. Deveria ter sido mais rigoroso e ter tido um sentido crítico mais apurado de forma a evitar entrar neste tipo de incorrecções e induzir outros em erro. Por este motivo sinto-me um palerma.
A que leu a crónica, peço desculpa!

25 de julho de 2012

Alarme na Gronelândia

NASA
Segundo notícias divulgadas pela NASA, no último mês derreteu cerca de 97% da camada de gelo que cobria a Gronelândia, tendo 57% dessa área derretido em 4 dias, entre os dias 8 e 12 de Julho! Os efeitos são tão gigantescos que os cientistas da NASA inicialmente pensaram tratar-se de um erro de avaliação. 
Podendo ser um degelo cíclico, ocorrendo a cada 150 anos como referem os cientistas, não é de todo uma situação que possa ser encarada com despreocupação, pelo contrário. A rapidez do degelo, a possibilidade de não ser recuperada a camada de gelo no período de inverno de forma a repor a espessura existente e a possibilidade de se repetir o fenómeno, são factores que causam alarme e que podem indiciar graves sequelas.
A entrada nos oceanos desta enorme massa de água, resulta obviamente numa subida significativa do nível das águas do mar. A Gronelândia é o 12º maior território do mundo, a sua área total é de aproximadamente 2 200 000 km2 (para que se perceba a proporção, Portugal tem 92 000 km2) e a altura média do manto de gelo é de 2,1 km. 
Se há conclusões que podem ser tiradas desta situação é que as previsões não passam disso mesmo, suposições feitas a partir de factos, que não serão obrigatoriamente concretizadas. Quero com isto dizer que, nem o cientista mais pessimista preveria esta ocorrência, porque a natureza e os seus fenómenos dependem muito mais das necessidades de repor equilíbrios e da reacção às perturbações, que das teorias humanas.
O desgaste imposto aos recursos naturais é muitíssimo mais acentuado do que a sua capacidade de regeneração. As medidas para abrandar os impactes são muito mais urgentes do que as vontades governamentais reconhecem e mais importantes do que os esquemas financeiros criados sob pretexto de protecção da camada do ozono e controlo de emissão de dióxido de carbono. Acho inconcebível que se negoceiem licenças de emissão de dióxido de carbono e que se possa COMPRAR o direito a poluir. Mas a Europa até nem é o continente mais negligente, a UE tem criado legislação que obriga à limitação e vigilância de gases depletores da camada do ozono e dos gases com efeito de estufa, proibindo por exemplo, a utilização de determinados fluidos de refrigeração em equipamentos de ar condicionado. No entanto, embora por cá sejam proibidos em África, na América e Ásia podem ser usados livremente! 
Enquanto na Europa apostamos cada vez mais em energias renováveis, na China constroem-se gigantescas centrais termoeléctricas, que recorrerão ao carvão.
A globalização não deve ser encarada apenas económica e socialmente, pois sobretudo a nível ambiental os impactes ultrapassam fronteiras. A Finlândia, embora tenha políticas e comportamentos ambientais sérios e eficazes, sofre há vários anos nas suas florestas e lagos, os efeitos das chuvas ácidas resultantes da poluição atmosférica da indústria Russa.
Se nas crises financeiras ainda podemos recorrer às Troikas e FMI's, nas crises ambientais não há muitas possibilidades de resgate, até porque os efeitos são globais e tocam a todos.

23 de julho de 2012

Ida ao pão

Ocasionalmente, depois do trabalho passo por um supermercado aqui perto de casa para comprar pão e eventualmente uma ou outra coisa que também seja necessária, hoje foi um desses dias.
Depois de pegar no saco com o pão, dirigi-me à caixa que me pareceu mais rápida e aguardei a minha vez. Imediatamente à minha frente estava uma senhora (inferi que fosse uma senhora pelo tórax proeminente e pela aliança que carregava no anelar esquerdo, não pela atitude) que lia pacatamente o folheto publicitário do supermercado. As duas pessoas à sua frente foram avançando e a dita senhora não arredou pé.
O peso que eu carregava não era muito, não me causando grande transtorno pela falta de espaço para apoiar as compras, por via desta barreira humana. Entretanto, um senhor de idade avançada chegou atrás de mim com uma embalagem de 4 garrafas de 1,5 litros nos braços. Embora a passadeira avançasse, ninguém acompanhou o movimento. Perante esta atitude, e com espaço livre à frente da indiferente cliente, ofereci-me para carregar as garrafas ao senhor, coisa que ele simpaticamente recusou. Ninguém se mexeu.
Quando a cliente que a antecedia acabou de pagar, a “atenciosa” cliente pousou finalmente o panfleto, moveu-se até junto da caixa e permitiu assim que 3 cliente pousassem as suas compras no transportador! A funcionária da caixa passou os seus 5 ou 6 artigos no leitor óptico e à última passagem, a cliente pediu um saco para as compras! Enquanto lhe era apresentada a conta, arrumou vagarosamente tudo no saco, sacou da nota e pagou, tombando simultaneamente o que lá estava dentro, o que implicou nova árdua tarefa de compor tudo o que já havia sido arrumado.
Enquanto o meu saco de pão era passado no leitor óptico e dado para a mão directamente pela funcionária da caixa, por no espaço estar estacionada uma bendita cliente a arrumar o troco, paguei a minha despesa. Quando me preparava para sair, tive de fazer um pequeno compasso de espera, para que a senhora questionasse a pequena criança que a acompanhava sobre a vontade de receber um par de estalos para o caminho. A criança recusou.
Finalmente, consegui sair do espaço comercial plenamente convencido de que ainda existem pessoas que encaram o civismo e respeito pelo próximo como um fenómeno paranormal.

22 de julho de 2012

Pequena anedota

Enquanto lia ontem um conto infantil à pequenita lembrei-me de uma pequena anedota, daquelas simpáticas, engraçadas e sem malícia. Não resisti a contá-la, não propriamente a ela, mas à minha cara-metade que também estava connosco. Cá vai:

Estava Jesus Cristo às portas do Céu a receber os candidatos ao paraíso, substituindo São Pedro no seu horário de almoço, quando chega um velho homem junto a si. Diz Jesus ao homem:
- Olá meu bom homem, que fizeste tu para mereceres a entrada no Reino dos Céus?
O homem responde-lhe:
- Não sei, com o tempo fui perdendo a memória e já me lembro de pouco. Lembro-me porém que era carpinteiro e que tive um filho que ficou muito, muito famoso.
Nesse momento, Jesus Cristo, dá um passo em frente emocionado, abre os braços e diz:
- Pai?!
O homem abraça-o com as lágrimas nos olhos e a voz embargada e diz:
- Pinóquio!

19 de julho de 2012

Inferno

Não será certamente por acaso que o inferno é descrito como um local em chamas. De todas as catástrofes possíveis, o fogo é provavelmente a que maiores aflições provoca. A minha avó paterna dizia que "um ladrão escolhe o que rouba, o fogo não escolhe, queima o que lhe aparece à frente".
As imagens que tenho visto dos incêndios nos últimos dias, são aterradoras e assustam-me profundamente, mesmo não vivendo em nenhum dos locais afectados. Os incêndios são muito mais nefastos do que se pode imaginar à primeira vista. As áreas ardidas, tornam os seus terrenos mais vulneráveis a inundações e deslizamentos de terras. As chuvas arrastam poluentes para as águas em profundidade. A atmosfera fica poluída, aumenta a concentração de dióxido de carbono e o efeito de estufa. Diminui a capacidade de absorção do dióxido de carbono pela ausência de vegetação. Estes são apenas uma parte dos efeitos ambientais. 
A riqueza do país é comprometida a vários níveis, quer pela perda de recursos naturais, quer pela utilização dos meios de combate e destruição de bens, públicos e privados.
E o que muda de ano para ano? Nada. Pura e simplesmente, nada!
Pessoalmente, penso que um incendiário deveria ser punido com uma pena equivalente à de um homicídio, pela brutalidade dos danos que provoca. Sou genericamente contra penas suspensas, amnistias e reduções de penas, e neste caso essa opinião não é alvo de qualquer dúvida.
Quanto à prevenção, acho que há muitíssimo por fazer, a começar pela limpeza das matas. A legislação que existe é clara, obriga a limpar terrenos, mas não é cumprida. 
Havendo presos nas prisões, sem fazer rigorosamente nada para se reabilitar ou para compensar o estado pela despesa que dão, deveriam ser eles os primeiros a começar com o trabalho de limpeza florestal. 
O exército também deveria ter um papel mais activo nestas situações, pelos meios (por muito poucos que sejam) e pelo treino que têm (ou deveriam ter, para estas situações). 
Há ainda outra situação, mais falada ultimamente, que tem a ver com a colocação de alguns beneficiários do fundo de desemprego ou do rendimento social de inserção (se é que ainda mantém este nome), a executar  as tarefas de limpeza e vigilância de matas.

18 de julho de 2012

Farinha do mesmo saco


DN

As declarações de D. Januário Torgal Ferreira deixam-me confuso.
D. Januário é um homem vivido, aparenta ser mentalmente são e pertence a uma instituição religiosa vinte e quatro horas por dia, não é clérigo em part-time. D. Januário não pica o cartão findas oito horas de serviço, começando a partir daí a viver uma vida leviana descomprometida com os princípios aos quais jurou fidelidade. No entanto, tem e deve ter toda a liberdade de expressão de qualquer cidadão comum.
Ao proferir declarações dizendo que este governo “é profundamente corrupto” e que alguns dos seus ministros são “diabinhos negros” que transformam ministros do executivo anterior em “anjinhos”, entrou pelo caminho do absurdo. Para chegar à conclusão de que este governo indicia práticas corruptas, penso que não seja preciso tirar nenhum curso de teologia. Alguém com a sua responsabilidade, afirmar tacitamente sem apresentar provas que o governo é “profundamente corrupto” é uma irresponsabilidade, pois uma coisa é ter essa opinião, outra coisa é afirmar inequivocamente a ocorrência dessa prática.
Mas o que eu acho mais despropositado é a distinção entre os governos, actual e anterior, sendo este o diabinho e o anterior o anjinho. Para alguém que faz considerações políticas, é para mim inexplicável o desconhecimento ou branqueamento da governação anterior. Não me consta que D. Januário tenha estado a viver no estrangeiro ou em clausura e sem contacto com país nos últimos 7 ou 8 anos. Penso que é anterior a esse período o início do desempenho das funções de Bispo das Forças Armadas (acho que começou num dos mandatos de António Guterres), mas posso estar enganado, visto não ter acompanhado a sua carreira de perto.
D. Januário não deverá lembrar-se do caso Freeport, da forma como José Sócrates obteve a sua licenciatura, do caso face oculta, só para falar nos mais mediático, ou de quem pediu ajuda ao FMI e por que motivos. Parto do princípio que a discrepância de tratamento nos comentários que faz, seja por falta de memória e não por má-fé de um homem da fé.
E o que me deixa confuso é exactamente esta questão, porque é que uns vão para um saco e os outros para o outro?
Que D. Januário meta o bedelho em tudo e mais alguma coisa, como ele próprio assume ser seu direito, eu não concordo mas aceito. Deve é fazê-lo com maior sensatez pois o exercício da sua vocação a isso obriga.
Fico agora à espera (sentado) que D. Januário Torgal Ferreira venha para a praça pública falar nos podres da sua Igreja, em nome dos injustiçados. Como católico, gostava de saber que a defesa dos desfavorecidos era universal, mesmo que isso implicasse apontar o dedo dentro da própria casa.

17 de julho de 2012

Mentira


Não gosto de mentir! Não gosto e não me lembro de alguma vez gostar. Não me estou a armar em puritano insinuando que nunca menti ou que uma ou outra vez não o fiz em benefício próprio ou de outros, porque já o fiz, mas não é um comportamento que aprecie.
Se não gosto de mentir por iniciativa própria, tão pouco gosto que mo peçam para fazer, seja qual for a causa. Ainda mais grave é quando essa mentira menospreza a inteligência alheia. É certo que uma mentirinha piedosa poderá não fazer mal a ninguém, mas quando a mentira não é piedosa e pode trazer consequências, então ainda pior.
Acho também que é uma falta de respeito pedir a alguém que minta e que engane outrem deliberadamente, já basta quando isso acontece involuntariamente.
Se gosto que sejam correctos e honestos comigo, como poderei esperar que o sejam se não for capaz de o exigir a mim próprio?  
A mentira tem e terá sempre perna curta, mais tarde ou mais cedo vamos ter de ajustar contas com a verdade e perdida a credibilidade uma vez, perdida a credibilidade para sempre. 

16 de julho de 2012

Fotos da maratona fotográfica

Hoje resolvi publicar aqui algumas das fotos que tirei na maratona fotográfica em que participei no mês passado, organizada por uma multinacional francesa. Depois de pela primeira vez ter publicado fotos (estas) no facebook, achei por bem colocá-las também aqui. 



















15 de julho de 2012

Jantar da Liga

Ontem realizou-se o jantar anual de convívio do pessoal da empresa onde trabalho que participa no campeonato interno da Liga Record. Após um ano de intensas discussões sobre técnicas, tácticas e jogadores contratados, chegámos ao que realmente interessa, o jantar de discussão de resultados.
Não tendo a participação de todos os membros envolvidos, teve os convivas suficiente para proporcionar um ambiente muito salutar, bem-humorado e sobretudo bem alimentado. Houve tempo também para a distribuição dos troféus, que até são de barro, e que ano após ano se têm revelado cada vez mais bem elaborados. A malta anda a aprimorar-se!
Fico bastante satisfeito por participar nestes jantares com o pessoal com quem convivo diariamente no contexto de trabalho, e que ao longo do tempo se transformaram na sua grande maioria, bons amigos. 

13 de julho de 2012

Dia Mundial do Rock

Hoje é dia 13 de Julho, quer isto dizer que é Dia Mundial do Rock. Este dia celebra-se desde 1985, quando uma série de músicos liderados por Bob Geldof organizaram o Live Aid. Este evento consistiu na realização de dois concertos, em Filadélfia e Londres, que pretendiam alertar para o problema da fome na Etiópia. De lá para cá manteve-se este dia como o dia do Rock.
For those about to rock, we salute you! 

ACDC - For those about to rock

11 de julho de 2012

O estado a que chegámos


Tenho plena consciência de uma coisa, percebo pouco de política e governação, não deixo porém de ter uma opinião sobre o assunto, seja ela mais ou menos acertada. Vou tentar expô-la de uma forma sucinta e tão branda quanto possível.
Na minha modesta opinião, a política é um meio muito javardo, onde se movimentam um conjunto de bandalhos, salvo raríssimas excepções, cujo interesse não é o nobre serviço ao país, mas o amealhar tanto quanto o capacho político lhes permita.
Surge este desabafo na sequência do debate sobre o estado da nação, como se ainda fosse preciso debater mais alguma coisa, ocorrido hoje na Assembleia da República. Não sei o que por lá foi dito, porque não me quis dar ao trabalho de desperdiçar precioso tempo a ouvir a lengalenga de sempre. Propus-me no entanto a um desafio, escrever abreviadamente o que me parece ter sido dito, tendo em conta a opinião que tenho de cada uma das bancadas. 
Os representantes do PSD/CDS, devem ter dito que isto está mau, que se estão a esforçar por nos lixar o menos possível, mas que se não apertar-mos ainda mais o cinto (coisa que estão a tentar evitar graças a um esforço sobre-humano) o futuro será negro, ainda mais do que já está. Mas há esperança! Esquecem-se de dizer que não cortaram os tachos a grande parte da maralha que por lá anda, tal como haviam prometido. Não dizem também que provavelmente o pior ainda está para vir e que a factura será paga pelos mesmos.
Os do PS, acham que o governo é o culpado de tudo e mais alguma, que estamos na fossa pelas medidas de austeridade impostas pelo PSD/CDS e que assim é a desgraça do país. Não devem ter dito que governaram antes dos que lá estão neste momento, que foram eles a dar as primeiras pazadas quando se começou a cavar a sepultura, que pediram ajuda ao FMI e que participaram em todas as negociações.
O PCP e BE, com os seus discursos mais radicais e mais inflamados, devem ter acusado tudo e todos, proposto a quebra de compromissos com quem nos emprestou dinheiro para pagarmos os erros que fizemos, ao juro que quiseram porque quem manda no seu dinheiro é quem empresta. Provavelmente terão requerido todos os benefícios e mais alguns a custo zero, a nacionalização da banca e queda do governo. Não alertaram foi para as consequências das suas propostas irresponsáveis. Ninguém espera que eles cheguem ao governo, que tenham de cumprir e arcar com as responsabilidades de políticas ajustadas, portanto até podem prometer que quando governarem oferecem uma barra de ouro a cada português.
Como dizia o início do discurso de Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 1974: "Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos.”
Ao longo da nossa história já chegámos a muitos estados, este é um deles e pouco animador.

9 de julho de 2012

Antibióticos e afins


A passada semana não foi nada fácil, a pequenita andou engripada, com tosse e na quinta-feira começou a ficar com febre. Na sexta-feira a febre já era bastante alta e não escapámos a uma ida ao hospital. Depois de uma radiografia ao tórax, o médico fez o diagnóstico e prescreveu-lhe um antibiótico para 10 dias. Aparentemente nada de extraordinário e finalmente algum descanso psicológico por saber a razão do mal. A partir daí, começou a saga da toma do antibiótico e continuou a da falta de apetite. A primeira experiência às 23h de sexta-feira resultou em 50% de eficácia, ou seja, metade ela tomou contrariada a outra metade saltou fora depois de um “brrrr”.
A noite de sexta-feira para sábado foi ainda mais mal dormida, a febre teimou em não baixar e a tosse constante obrigou a um sono às prestações. Segunda toma, já na manhã de sábado, o caos completo. Depois de hora e meia de trabalho árduo, onde só faltou fazer o pino, a pequena lá se deixou “convencer” a tomar o medicamento.
A pouco-e-pouco a febre foi-se deixando controlar e ao final do dia teve o último episódio febril, que não passou dos 38ºC. Ontem já estava porreira da vida, apenas com a tosse que não a tem largado, mas a juntar à dificuldade do antibiótico, a falta de apetite acentuou-se. Se ela sempre foi um bocado biqueira, ontem chegou a uma fase em que se tornou desesperante a resistência à comida! De repente, começou a rondar o local onde guardamos um ou dois boiões de fruta e sopa, comprados para imprevistos. Num acto quase mágico, pegou no maior e disse que o queria comer! Querida filha, não é tarde nem é cedo, siga! Limpou até à última colherada a dita sopa, para grande alívio dos progenitores.
Amanhã já a espera o regresso à rotina, não totalmente restabelecida mas já bem encaminhada.

5 de julho de 2012

O melhor indiano da actualidade


Quando li que o Sporting tinha contratado um indiano, Sunil Chhetri, a primeira coisa que me passou pela cabeça é que essa contratação poderia estar relacionada com os conhecimentos que os cidadãos indianos têm sobre flores, conhecimento esse que poderia ser importante no tratamento da relva, que tantos problemas tem trazido ao clube de Alvalade. Quero com isto dizer que pensei que o Sporting ia ter um novo jardineiro. Puro engano!
O Sporting contratou para a sua equipa “B” o maior jogador indiano da actualidade, ao jeito da teoria defendida por Paulo Futre, em que um jogador de futebol de um país bastante populoso (como é neste caso a Índia), poderia atrair milhões de espectadores, telespectadores e investidores.
Segundo os dirigentes sportinguistas, Sunil Chhetri é um ídolo no seu país e capitão da selecção de futebol indiana, que ocupa o 163º lugar no ranking da FIFA. Em minha opinião há aqui um erro de casting, pois o desporto-rei na Índia é o críquete e não o futebol, logo pelo pouco que ele deve jogar seria melhor contratar o melhor jogador Indiano da actualidade mas… de críquete. Ao fim ao cabo, o resultado desportivo seria o mesmo mas o financeiro seria maior. O único cuidado a ter era o de tirar o taco da mão do Indiano do críquete antes de ele entrar em campo.
Uma grande vantagem que vejo nesta contratação é a possibilidade de conseguir equipamentos de enorme qualidade a mais baixo custo. Sendo o Sporting um clube de viscondes, não me surpreenderia que as próximas camisolas fossem em lã de Caxemira, graças aos contactos privilegiados na região. Isto sim era outra “finesse”!

Um bocadinho mais a sério, acho que o Sporting ao receber este jogador indiano a custo zero fez um bom investimento que lhe pode render dividendos a médio/longo prazo.
O jogador é recebido graças a uma parceria estabelecida com um investidor ligado à indústria cinematográfica indiana, Bollywood. Com esta parceria o Sporting pode assegurar a venda dos direitos de transmissão dos jogos da sua equipa “B” na Índia. Mais, podem resultar daqui outras portas de acesso àquele mercado que pela sua dimensão (a Índia tem cerca de 1 200 milhões de habitantes) permite encaixes financeiros significativos relacionados com venda de produtos da marca Sporting. Existe ainda a possibilidade de ajudar a formar jogadores, através de um protocolo estabelecido com a federação indiana, que futuramente podem seguir o caminho do jogador agora contratado. 

4 de julho de 2012

Fast-Licenciatura


Depois do Pinocchio… Peço desculpa, equivoquei-me! Depois de José Sócrates ter acabado o seu curso de Engenharia Civil a um domingo depois da missa, vem agora à baila o nome de Miguel Relvas também associado a dúvidas em relação à sua licenciatura em Ciências Políticas e Relações Internacionais.
Segundo reza a notícia do PTJornal, Miguel Relvas concluiu o curso em apenas um ano, em vez de três, graças ao seu percurso profissional. O mesmo site refere que a nota final foi “modesta”. Portanto, a minha interpretação do que li é, Miguel Relvas precisa de menos tempo para se licenciar em Ciências Políticas que os demais porque já conhece bem o meio, contudo tem uma nota baixa porque não se mexe suficientemente bem e por isso é que lhe foi “descoberta a careca”.
Na minha opinião Relvas teve azar, tivesse ele esperado mais uns anos e poderia ter tirado o curso nas “Novas Oportunidades” sem ter qualquer apoquento relacionado com o período de tempo de que necessitou para tirar o curso. Se assim fosse, bastava-lhe uma dissertação com a sua história de vida, uma apresentação em Powerpoint e ao contrário da sua nota modesta, podia conseguir uma nota elevada, quiçá até um louvor se fosse hábil a contar as suas novelas com jornalistas!
O que o futuro lhe reserva não sabemos, mas não me espantaria que daqui a um ano ou dois aproveitasse para concretizar um sonho de criança e ingressasse numa Universidade francesa para tirar o curso de filosofia, ou outra coisa qualquer que nos fizesse “esquecermo-nos” dele por uns tempos.

2 de julho de 2012

Ida ao Pinhal das Artes

Este último domingo foi diferente do habitual, fomos ao “Pinhal das artes”. O “Pinhal das artes” pode resumir-se como um festival de actividades para os mais pequenitos, realizado na mata de São Pedro de Moel.
Essas actividades são desenvolvidas em pequenas tendas ou espaços devidamente identificados e procuram proporcionar-lhes a eles e aos pais, um conjunto de sensações. Essas experiências sensoriais são orientadas para os mais pequenos de uma forma que lhes permita contactar com coisas simples e ajustadas ao seu nível de desenvolvimento. No “Pinhal das artes” é respeitada a liberdade de movimentos dos pequenitos, estimulada a sua curiosidade e contacto com a natureza. Não confundir com um acampamento Hippie!
A pequenita, inundada por aquele espírito, assim que lá chegou agiu como é seu hábito… de forma muito desconfiada! Manteve aquele seu ar sisudo de sobrancelha franzida e bem agarrada ora ao pai, ora à mãe.
Num dos recantos do espaço onde era proposto ao olfacto um conjunto de saquinhos com diferentes conteúdos, manteve-se sempre distante da senhora que passava com os tais aromas até que, num dado momento um pequeno toque em pó talco da minha mão que lhe passou levemente pelo narizito, fez despertar a curiosidade acumulada. Daí para a frente queria cheirar tudo e mais alguma coisa, se possível repetindo.
Assistimos também a um teatrinho com marionetas e cantorias, sempre com a interacção da assistência, almoçámos e como a hora da sesta não perdoa, fizemo-nos ao caminho para casa.
Na memória da pequenita deve ter ficado uma manhã diferente em que pode passear em liberdade ao ar livre, sem o perigo dos carros que andam na rua, sem sentir que havia uma barreira física aos seus movimentos. Não se esqueceu também do burro (de quatro patas) que lá estava.
Quanto a mim, gostei de a ver disfrutar daqueles momentos. Não acho lá muita piada ser solicitado para cantorias, teatros, palminhas ritmadas e afins. Não tenho nem à vontade, nem vontade de participar nesse tipo de coisas, não me está no sangue. Mas ainda bem que nem todos são como eu, caso assim fosse aquilo seria mesmo uma grande seca.