30 de setembro de 2011

Um anito

Hoje a minha pequenita faz um anito, o que quer dizer que há precisamente um ano a minha vida e da minha esposa mudou radicalmente. Como todos os pais felizes por o serem, sinto-me orgulhosíssimo da minha filha, mesmo que ela seja simplesmente uma criança normal, que faz tudo o que as outras crianças da sua idade, mesmo que tal como todos os pais eu ache que ela é genial e “já” faz isto ou aquilo.
Uma coisa que sempre me irritou nos pais (e continua a irritar) é a gabarolice em relação aos seus filhos, e eu como pai que sou, sou (in)felizmente igual! Esta crónica é um bom exemplo disso. Procuro evitar massacrar toda a gente com as façanhas da minha filha, ou de a ter exposta em tudo quanto é sítio, fundo do pc, fundo do telemóvel, facebook e por aí fora. Não critico quem o faz, aliás até acho que é tentador fazê-lo, não quero é que a coisa descambe para o exagero.
Para mim ser pai sempre foi um objectivo de vida, sempre pretendi ver prolongada a minha existência através de um filho ou filha, de ver o fruto da minha união com a minha cara-metade, de ter uma família. Há um ano atrás esse rebento nasceu. A primeira conclusão a que cheguei é que por maior que seja a mentalização para a realidade parental, nunca estamos suficientemente preparados. Aqueles pequeninos seres, frágeis e adoráveis vêm sem manuais de instrução, não seguem as nossas lógicas e não comunicam pela nossa linguagem.
Lembro-me de chegar com a pequenota a casa pela primeira vez e de pensar “E agora?”, pergunta essa que se repetiu vezes sem conta. A resposta é geralmente sempre a mesma, “Agora ages, analisas os sinais e ages!”, curiosamente tenho-me saído melhor do que pensei nesse dia, no entanto ansioso para que ela comece a falar um português que eu perceba, para evitar equívocos.
Certo é, que a cada dia que passa a recompensa por ser pai é maior. Os sorrisos e carinho que a minha filha me dá, são de um valor incalculável, o simples toque da sua pequena mãozita tem um efeito reconfortante que a nada se compara. É por estes mimos que me supero e aguento o cansaço físico provocado pelas noites mal dormidas. 
Parabéns minha menina!

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