16 de setembro de 2011

Nevoeiro

Hoje pela primeira vez em duas semanas, o caminho de casa para o trabalho não foi feito envolvido pelo nevoeiro. Há pessoas que detestam nevoeiro, por não estar sol, por não se ver um palmo à frente dos olhos, mas eu cá até gosto!
Agradam-me os dias de nevoeiro por terem um “quê” de misterioso, sem se conseguir ter uma visão absoluta do horizonte e de ter a sensação de caminhar por entre as nuvens. Gosto bastante de ver também aquele mar de neblina que banha os montes a sobressaírem como ilhotas dos vales escondidos.
Outra coisa que me agrada no nevoeiro é a expectativa de poder encontrar finalmente o D. Sebastião. Toda a gente sabe que a probabilidade de o encontrar nesses dias aumenta exponencialmente, e eu claro, estou sempre atento. Aliás ando inclusivamente mais devagar, não vá ele lembrar-se de se me atravessar à frente do veículo montado no seu nobre corcel. Ainda arranjava um trinta e um e punha o país contra mim por passar-a-ferro “O Desejado”.
Aproveito até para lhe lançar aqui um apelo:
Sebastião caríssimo, se estás a ler isto e se pensas aparecer um dia destes, por questões de segurança, aconselho-te a comprares um daqueles coletes fluorescentes que alguma malta usa no banco do carro (para o estilo), de preferência verde. Há-os também em cor-de-laranja e cor-de-rosa mas com essa gola e imberbe como és, o melhor é não arriscar. Outra coisa, não te ponhas com brincadeiras de andar a abrir na montada em dias de neblina, o D. Fuas Roupinho armou-se em caçador na Nazaré e não quinou por milagre. Juizinho! 

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