16 de maio de 2012

Erro irreparável


Ontem uma notícia da revista Visão dava conta da execução de um homem, Carlos DeLuna, condenado à pena de morte nos anos 80, por engano. O facto deveu-se a ter sido considerado culpado pelo assassinato de uma mulher à facada, valendo-lhe a execução por injecção letal em 1989.
Ao longo dos anos em que esteve no corredor da morte tentou provar ingloriamente que não havia sido ele a cometer o crime, mas um seu conhecido cuja aparência física era muito idêntica. Ao que tudo indica a investigação foi mal conduzida, foram cometidos erros graves e não se recolheram nem analisaram todas as provas, nomeadamente vestígios presentes na vítima e local do crime.
Após 6 anos de investigação exaustiva iniciada em 2004, o professor James Liebman conjuntamente com 12 dos seus alunos chegaram à conclusão que o crime foi praticado por Carlos Hernandez e não Carlos DeLuna, falando este último a verdade. Dessa investigação resultou um livro “Los Tocayos Carlos” que esclarece o sucedido.
Sou completamente contra a pena de morte, independentemente do crime praticado não só pela possibilidade da ocorrência de erros como este, mas porque um estado não deve praticar um crime para aplicar justiça. A pena de morte é, na minha opinião, um crime que segue um princípio de vingança e a justiça dos tribunais não deve prever actos de vingança. Faz-me alguma confusão que supostos países evoluídos, como é o caso dos Estados Unidos da América, continuem a prever no seu código penal actos terceiro mundistas.

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