20 de outubro de 2011

O fim de 42 anos

O acontecimento que marca o dia de hoje, morte de Muamar Khadafi, provoca em mim sentimentos contraditórios. Sou terminantemente contra a pena de morte e execuções, contudo não deixo de sentir algum "alívio" pelo seu desaparecimento, ainda que a sua morte ou vida não contribua para a minha felicidade.
O meu lado mais racional é no entanto completamente contra e fica de certa forma desagradado por um ditador que se manteve no poder durante 42 anos, tenha desaparecido sem que lhe tenha sido feita justiça através dos tribunais. 
Preferia sem a mínima dúvida que Khadafi tivesse sido capturado, julgado e condenado à luz dos tribunais. Ao ser abatido depois de capturado, quando se encontrava ferido e indefeso, transformou o seu executor num assassino cobarde e a si próprio numa vítima indefesa, papel que não lhe deveria assentar.
Pelas notícias que li, o seu carro poderá ter sido atingido por aviões da NATO, muito provavelmente pertencente a um qualquer país da aliança atlântica que há pouco menos de um ano ainda andava consigo de mão dada.
Passada a euforia da liquidação do seu anterior líder, cabe aos líbios organizarem-se para não caírem numa paz podre ou numa guerra civil que os arraste para uma degradação maior do que a vivida por si ao longo de quase meio século. 

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