12 de junho de 2011

Ciclismo

A mais conceituada de todas as provas velocipédicas, o Tour de France, terá neste ano 21 etapas feitas em 23 dias, serão percorridos 3430,5 km, onde existem subidas de quase 14 km, como é o Alpe d’Huez. O camisola amarela cumprirá, provavelmente, a prova a uma velocidade média, superior a 37 km/h!  
Eddy Merckx, possivelmente o melhor ciclista de todos os tempos, disse que ninguém consegue subir os Pirinéus só a comer bifes. Certamente, ele melhor do que ninguém saberia do que estava a falar.
Curiosamente o doping não é igual para todos os desportos, ou seja, a nandrolona é considerada doping quando um futebolista acusa mais de 2 ng/ml de sangue mas o ciclista pode acusar 5 ng/ml de sangue.
Toda esta introdução, se deve ao facto de gostar bastante de ciclismo e de hoje ter tido a oportunidade de ver o “60 minutos” da CBS, transmitido na SIC Notícias, em que o entrevistado era Tyler Hamilton, campeão olímpico de ciclismo em 2004.
Tyler Hamilton assumia ter-se dopado inúmeras vezes durante a sua carreira, tal como já haviam feito os seus ex-colegas de equipa George Hincapie e Floyd Landis. Para além de assumirem as suas dopagens, indicaram como é sobejamente conhecido, que todos ou praticamente todos os ciclistas estão familiarizados com a utilização de EPO, esteróides, testosterona,  autotransfusões sanguíneas, e por aí fora.
Hamilton indicava Lance Armstrong, também seu colega de equipa, como estando não só envolvido, mas sendo um dos mentores dessas actividades. Fazia-o enquanto financiava as instituições anti-dopagem e enquanto era sujeito a inúmeros testes, provavelmente alguns deles positivos, como aconteceu em 2001 na volta à Suíça.
Não me sinto surpreendido com o conteúdo da entrevista, tendo em conta a podridão a que se tem assistido nos últimos anos, só espero que finalmente seja feita alguma coisa para que no próximo mês não tenhamos de assistir a mais 21 fraudes.

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