1 de março de 2012

ZX Spectrum 128K


English: Sinclair 48K ZX Spectrum computer (19...
Wikipedia
Em conversa com um colega de trabalho, dizia-lhe eu que nunca tive uma Playstation, nem das que se ligam à televisão, nem daquelas portáteis. Não é que não goste de jogos de vídeo, pelo contrário, todavia nunca se proporcionou.
Em contrapartida, dizia-lhe eu, tive um ZX Spectrum 128K. A sério que não bebi álcool hoje e isto não é nome de um qualquer protótipo japonês, é um magnífico equipamento da mais alta tecnologia… dos anos 80. O Spectrum 128k, sucessor do 48k, era um teclado com leitor de cassetes incorporado (contrariamente ao 48k que necessitava da ligação a um leitor externo) que por sua vez se ligava a uma televisão e servia essencialmente para jogar, foi portanto o início dos jogos de vídeo.
As cassetes, compradas nas lojas de electrodomésticos eram exactamente iguais às utilizadas para ouvir música e traziam normalmente um jogo ou dois. O processo consistia em por a cassete no leitor, escrever Load””, carregar no play e esperar que o jogo carregasse, enquanto aparecia um rectângulo branco contornado por linhas horizontais de várias cores a tremelicar, acompanhadas por um som irritante e estridente. Podia ainda aparecer a inscrição “loading” ou a imagem do jogo.
O processo não era simples nem rápido, levava a correr bem 10 ou 15 minutos dependendo do tamanho da fita, e muitas vezes resultava numa enorme decepção pois ao fim desse tempo todo aquilo dava erro. Caso isso acontecesse era necessário rebobinar a cassete e usar a chave-de-fendas para regular o parafuso do leitor de cassetes. Não sei exactamente qual era a função dessa afinação, o que sei é que passei horas de chave-de-fendas na mão, muitas vezes de forma inglória.
Foi nessa época que os meus nervos começaram a ficar abalados, graças às tantas horas que passei a “bater com a cabeça nas paredes” por já quase perto do fim a cassete “ir abaixo” e deitar por terra as horas da sofrida perícia de chave-de-fendas!
Longe vão os tempos a jogar “Kung-fu” com o meu inseparável amigo dessa época ou um não menos divertido “Manic Miner”. 

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