Desde sábado que ando
com dores de garganta e com a minha sinusite de estimação a dar sinal.
Levantar-me de manhã tem sido uma tarefa mais difícil que o habitual e ontem
depois de uma noite muito mal dormida acordei com a sensação de ter sido
espancado e decidi finalmente ir ao médico.
Saí mais cedo de casa
para tentar ter o menor número de gente possível à minha frente e evitar passar
grande parte da manhã, senão mesmo toda a manhã, à espera e perder meio-dia de
trabalho. Da última vez que tinha ido ao posto-médico, a quem a evolução mudou
o nome para SAP, três das minhas importantes horas do dia foram lá passadas
graças a 14 doentes que se me anteciparam.
Ia eu preparado para
o choque, quase na fase da reza a pedir a Deus que curasse grande parte daquela
malta para não gramar com a mesma pastilha da última vez, e dou de caras com
apenas 4 pessoas, 1 delas pai de uma miúda que ressonava alto e bom som
enquanto aguardava pela vez da criança. Enquanto aguardava para fazer a
inscrição li as quantas folhas afixadas na vitrina e descobri o motivo de hoje
me despachar mais depressa, 10€ por inscrição.
Não tenho presente a
quantia exacta que paguei no posto médico pela minha última doença, mas se não
me falha a memória foi menos de um terço.
O aumento radical das
consultas leva a que as pessoas utilizem menos esse serviço, o que por um lado
é benéfico por implicar que as pessoas não se desloquem lá por tudo e por nada,
mas por outro limita muito o acesso a quem tem menos possibilidades financeiras
e precisa mesmo de lá ir, que pelo andar da carruagem serão cada vez mais.
Não consigo ter uma
opinião muito concreta sobre este assunto, no entanto parece-me ter sido um
aumento demasiado brusco e exagerado numa altura em que os preços de tudo e
mais alguma coisa não param de subir.
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