Desde
muito pequeno que a cada início do novo ano assistia com bastante entusiasmo ao
Paris – Dakar. Na altura essa espectacular prova ainda era apelidada dessa
forma e as suas etapas maioritariamente disputadas em terrenos africanos. O
motivo desse fascínio não se devia apenas às “motas grandes”, aos carros de
rally e aos camiões a fundo, mas também à envolvente, que resultava em
magníficos cenários.
Do
final dos anos 80 e início dos 90 lembro-me de ter dois pilotos preferidos, Ari
Vatanen, um finlandês que dominava nos carros, o que lhe valeu 4 conquistas da
prova e nas motas um tal de Stephan Peterhansel, francês que após 6 conquistas
nas motas transitou para os carros, mantendo-se no activo até à actualidade,
conquistando a 4 vitória (décima absoluta) na edição deste ano.
Em
2008, por via dos patrocínios e evolução natural da prova, o já chamado
Lisboa-Dakar não se realizou pela suspeita de um possível ataque terrorista,
mudando-se ano seguinte para a América do Sul. O nome “Dakar” manteve-se, mesmo
sem ter mais nada a ver com o Senegal. Se calhar por causa desta mudança deixei
de ver com o mesmo entusiasmo o dito rally, no entanto este ano, e talvez
também pela influência de colegas também apaixonados pela prova, segui o Dakar
do princípio ao fim.
Ao
longo das 15 etapas acompanhei as etapas através do site, a puxar pelos
portugueses, e à noite, sempre que possível, lá estava eu às 22h na Eurosport à
espera de ver aquela cambada de malucos, principalmente os das motos que fazem
aqueles 8 ou 9 mil quilómetros sozinhos.
No
final três portugueses no top-10, Hélder Rodrigues em 3º nas motas, Carlos
Sousa em 7º e Ricardo Leal dos Santos em 8º, ambos nos carros. Os restantes
participante, não obtiveram uma classificação tão assinalável, não deixando de
brilhar e conquistar alguns dos objectivos a que se propunham.
Para
além das classificações ficam umas magníficas paisagens, das quais deixo
algumas imagens, partilhadas através do Facebook da organização.
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