Hoje
é o dia de aniversário da minha avó Elisa, que celebraria 98 anos se não nos
tivesse deixado há quase 17 anos. Felizmente que convivi com ela até ter a
idade suficiente para ter uma memória clara de si.
A
minha avó era uma senhora pequenina, com um ar muito simpático, sempre muito
bem-disposta e sorridente. O que ela mais gostava era de ver todos à sua volta
o melhor possível. Por detrás daquele ar feliz e doce, escondia o mais possível
a pessoa extremamente ansiosa que também era e que tantos lhe problemas lhe
causou ao seu frágil coração.
Outra
característica muito vincada na minha avó era a sua “obsessão” pelas limpezas,
que levava a que brincássemos com os seu hábito de andar constantemente a caiar
a casa para ter as paredes sempre branquinhas.
Por
vezes quando falo com os meus familiares, alguns deles primos afastados, sobre
a minha avó, todos eles a descrevem saudosamente como uma pessoa muito
delicada, que adorava ter a casa cheia, ao dispor das pessoas de quem gostava, sendo
o ponto-de-encontro da família.
Embora já contasse alguma idade quando partiu, deixou-nos cedo demais tal como acontece a todas as pessoas boas e uma saudade imensa.
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