8 de janeiro de 2012

Amigo Rogério

Foi com uma profunda tristeza e choque que soube hoje do falecimento do meu amigo Rogério. Ao longo do tempo tenho-me apercebido que a morte não segue lógicas, não escolhe idades e por mais razões ou justificações que lhe procuremos conferir ela chega quer a aceitemos ou não.
O Rogério era um rapaz impecável, daqueles que não precisavam de morrer para já serem reconhecido dessa forma, era uma pessoa sempre bem-disposta, brincalhão de uma forma muito correcta e oportuna, sem cair em exageros e sem exuberâncias. O Rogério embora fosse discreto, era também muito comunicativo, dava-se bem com toda a gente e as suas brincadeiras chegavam quer aos mais pequenitos, quer aos mais velhos.
Ontem, após o final do jogo de futsal do Condestável, equipa da qual era capitão, e enquanto celebrava a vitória o Rogério faleceu subitamente, deixando todos os colegas e amigos em choque.
Hoje, enquanto falava com um primo meu, sobre a enorme perda, lembrámos o nosso Amigo, que ainda ia a meio dos trintas, que tinha e recomendava um estilo de vida saudável, sem vícios e que era sem a mínima dúvida um "Porreiro"!
Após a notícia, recordei com muita saudade uma passagem-de-ano, se não me engano de 1999 para 2000, passada na Praia da Vieira, em que o Rogério andou perto de duas horas perdido por entre ruelas, até que se sentou junto à porta de uma casa com a sua viola na mão e aí adormeceu. Quando acordou tinha umas moedas junto aos pés. Quando chegou à casa arrendada para aquela noite, contou-nos a sua peripécia, incrédulo e divertido, como era seu hábito. 
Embora ultimamente não me cruzasse consigo frequentemente, não deixarei de me lembrar de si e de sentir a sua falta. Como crente, desejo que a sua partida seja apenas uma passagem para um destino melhor.
Aos pais, irmão e restante família desejo que à sua imensa dor correspondam com muita força e se agarrem às boas memórias que o Rogério deixou para superarem cada um dos dias que se seguem. 

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