Este último fim-de-semana trouxe-nos a notícia da morte de dois homens de estado incontornáveis na história dos seus países e também mundial. Se um deles deixará muitas saudades pelo papel heróico que teve na defesa dos oprimidos no seu país, lutando contra o comunismo, o segundo foi o reverso dessa medalha.
Vaclav Havel, dramaturgo bem sucedido, foi o ícone pacifista do seu país tendo sido o último presidente da república Checoslovaca e actor preponderante na revolução de veludo que depôs o regime comunista em 1989. Mais tarde seria também o primeiro presidente da República Checa, após a separação da Eslováquia, mantendo-se no poder democraticamente até 2003. Ao longo da sua vida "revolucionária" foi perseguido e preso por se insurgir através das suas acções e obras que alertavam para os abusos dos direitos humanos sofridos pelo seu povo.
Kim Jong-Il, tirano implacável, foi o sucessor do anterior ditador e seu pai Kim Il-Sung. Kim Jong-Il seguiu os mesmos princípios do seu pai na aplicação da ideologia Juche, que defende a auto-suficiência do país. Com as suas políticas opressoras e totalitárias encaminhou o seu país para um fosso de pobreza, onde a liberdade de expressão é a esperada nestes regimes, ou seja, nula.
É certo que não sou grande consumidor de televisão e as imagens transmitidas são sempre as mais convenientes para os media, no entanto lamento que ideia veiculada tenha sido a de a morte mais chorada, de forma hipócrita e propagandista ou não, ser a de Kim Jong-Il.
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