Ontem um casal amigo de Braga decidiu celebrar a sua união pelo casamento, convidando-nos para assistir a esse momento marcante. Levantámo-nos cedinho, organizámos as tralhas e partimos, com a intenção de lá chegar antes de almoço para não andarmos em correrias.
Com uma pequena ajuda do GPS e algum sentido de orientação, cumprimos o horário estipulado e por volta do 12h30 já andávamos à procura de almoço pelas praças de Braga, com o check-in feito no hotel e bagagem depositada no quarto. Com alguma sorte encontrámos um bom restaurante com comida deliciosa e barata, como se quer, e retornámos ao quarto para calmamente no aperaltarmos.
Ainda deu para ver um bocado TV descontraidamente e às 15h10 estava já quase vestido, completamente dentro do programa estabelecido, visto o casório ser só à 16 horas, senão quando não consigo dar com o raio dos botões de punho da camisa. Após uma stressante procura lá concluí que não me tinha acompanhado na viagem. Primeira e óbvia preocupação, resolver o problema que passava por arranjar qualquer coisa que prendesse os punhos da camisa, ainda para mais sendo eles de dobra.
Como não consegui arranjar nada suficientemente eficaz, optei por sair à procura de um local onde comprar uns baratos para desenrascar. Com o tempo a correr contra nós, acelerámos a passada até uma ourivesaria que nos mandou para a o pronto-a-vestir em frente. Expliquei o que pretendia ao senhor que depois de me mostrar um resto de stock, um tanto ou quanto inadequado para a minha camisa, se propôs a pregar-me um botão de cada lado. À falta de melhor, siga!
De repente o senhor manda-me esperar, abre uma camisa que tinha na exposição, saca dos botões de punho da dita e dá-mos. Perguntei quanto lhe devia e ele, "Nada". Nada?!
Agradeci-lhe encarecidamente por me ter salvo o dia e continuámos o plano do dia já com 10 minutos de atraso. O casamento correu bem, boa comida, bom ambiente, espaço agradável e noivos felizes.
Hoje levantei-me e regressei à loja para lhos devolver, para grande pena minha estava fechada e não tinha caixa de correio. Desagradou-me não poder devolver ao senhor da loja os pequenos botões de punho em plástico e agradecer-lhe uma última vez antes de lhe desejar um Bom Natal. Se há coisa que ele merece é um Bom Natal, não pelo valor dos botões de punho mas pelo valor do seu gesto, mesmo sem me conhecer de lado nenhum.
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