24 de abril de 2012

Feriados, sim ou não?


Ultimamente tem sido uma constante o debate sobre a continuidade ou eliminação de dois feriados e dois dias santos. O governo propõe esta medida de austeridade por uma questão de aumento da produtividade e redução de custos, o que em minha opinião não faz muito sentido, pois as empresas debatem-se com a dificuldade de escoamento dos produtos e não com a falta de capacidade produção.
Quanto aos feriados aprecio-os bastante, mesmo os municipais que acho completamente ridículos. Se há feriado que afecta a produtividade e relações interempresariais este é um deles. Não compreendo porque é que esta não é a primeira opção para eliminação de um feriado. O único argumento que me ocorre é o facto dos dias de Santo António em Lisboa e de São João no Porto serem os feriados municipais das respectivas cidades, o que poderia desencadear algum tipo de contestação por parte das populações afectadas, pela privação das festividades habitualmente celebradas.
Quanto ao estado português se é laico como se pressupõe, ou seja, neutro quanto a questões religiosas, não fará sentido comemorar feriados religiosos, sejam eles católicos, judeus ou muçulmanos. Com isto quero dizer que nós comemoramos feriados católicos previstos na legislação quando tal não deveria acontecer.
Os feriados civis, são também um caso algo paradigmático, pois para os monárquicos não fará muito sentido comemorar o dia da implantação da república, para os que acham que isto era bom antigamente, não fará sentido comemorar o 25 de Abril. Para os que estão constantemente a dizer mal da Pátria não lhes faria mal trabalhar no 10 de Junho.
Quero com isto dizer que em minha opinião, os feriados deviam ser todos eliminados e não, não estou a brincar nem a ser irónico. Passo a explicar, seria muito melhor, quer para as empresas quer para os trabalhadores, acabar com os feriados e converter esses dias em férias. Ou seja, a empresa conseguiria optimizar o seu funcionamento e os colaboradores tirar os dias para férias aos quais dessem mais valor ou importância. Não se colocaria a questão religiosa pois os católicos poderiam continuar a celebrar os seus dias de guarda, bem como os membros dos restantes credos. Os ateus e agnósticos teriam mais dias para ir para a praia. 

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