17 de abril de 2012

Crise futebolística


Os jogadores de futebol não ganham todos ordenados milionários, são geralmente bem pagos comparativamente com a média praticada nas outras profissões, mas nem todos ganham balúrdios. Este facto é ainda mais real em equipas portuguesas exceptuando os 3 grandes. 
O meu objectivo não passa por afirmar que os jogadores de futebol são uma classe desfavorecida, mas considerando que é uma profissão de curta duração, rapidamente o dinheiro ganho pela grande maioria dos jogadores se “evapora” se não for muito poupado e mesmo assim, os 10 ou 15 anos de profissionalismo não lhes garante a subsistência até ao fim da vida.
Ultimamente, têm-se ouvido vários casos, geralmente comunicados pelo sindicato dos jogadores, em que os clubes não pagam os ordenados ou que um jogador ou outro, ou mesmo uma equipa inteira se debate com grandes dificuldades para sobreviver condignamente. Hoje, antes de sair de casa para ir trabalhar ouvi uma notícia relacionada com a União de Leiria em que os jogadores tinham 4 meses de ordenados em atraso. Com este cenário não tenho absolutamente dúvida nenhuma que alguns jogadores e respectivas famílias terão bastantes dificuldades para garantir a sua alimentação e restantes despesas básicas.
Quando era pequeno lembro-me de ir várias vezes ao estádio municipal de Leiria ver jogos, numa altura em que o clube militava na segunda divisão, sendo frequente ver a “casa” bem composta ou mesmo cheia. Já com o clube na primeira divisão vi também o estádio várias vezes quase ou mesmo cheio. Com o tempo isso foi mudando e as pessoas foram-se afastando do clube. Ultimamente nem com bilhetes gratuitos o estádio enche e a média de assistência rondará os mil, mil e poucos espectadores. Com estas assistências acontece o inevitável, fracos resultados de bilheteira e menores encaixes por patrocínios. Assim é difícil o clube sobreviver e o mais certo é começar a descer de divisão, sendo difícil não acabar na 3ª divisão, ou acabar mesmo como instituição. 

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