24 de fevereiro de 2012

Proposta de Adopção


Foi hoje votada na Assembleia da República a possibilidade de adopção de crianças por casais homossexuais, resultando num chumbo da proposta, o que a meu ver será meramente uma questão de tempo até essa realidade se inverter.
Quando se colocou a questão da possibilidade de casamento por indivíduos do mesmo sexo, não me senti particularmente interessado na votação. Aceito que seja um direito de todas as pessoas à luz da constituição, parecendo-me natural que queiram estabelecer um vínculo com outra pessoa e usufruir dos mesmos direitos e deveres. Se nessa altura me foi indiferente se os homossexuais se podiam casar ou continuavam a não poder, neste caso a coisa é um bocado diferente e fico satisfeito com a decisão, não por ter algo contra os casais homossexuais mas porque a adopção não lhes diz apenas respeito a eles, mas também à criança.
A minha perspectiva em nada tem a ver com preconceito contra a homossexualidade ou fanatismo religioso, apenas acho que a criança deve ser protegida. Não ponho em causa a capacidade paternal de homossexuais, considero é que a sociedade poderá ser algo cruel para com as crianças, principalmente enquanto forem de tenra idade e tiverem os mecanismos de defesa “pouco treinados”.
Os pais não escolhem os filhos nem os filhos escolhem os pais, mas a natureza tem um curso que a sociedade tratou de “impor” como normal e tudo o que lhe foge aos limites é tendencialmente pouco tolerado, por isso acho preferível agir em protecção das crianças e evitar o risco do seu sofrimento ser maior pela exposição a uma situação não convencional.
A tolerância deve ser praticada não só por quem é contra mas também por quem é a favor da proposta em causa.

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