13 de fevereiro de 2012

Lentes de contacto - parte II


Após incontáveis tentativas e longos minutos de olhos bem abertos a colocar infrutiferamente as lentes de contacto, ontem o “milagre” aconteceu! Já os olhos estavam vermelhos do esforço e da raiva contra as pequenas semi-esferas, quando num golpe de indicador aquilo aderiu finalmente na posição correcta sem encaracolamentos.
Fiquei tão estupefacto que saí a correr para perguntar à minha amada se a lente estava bem colocada e sem falhas, não tivesse ela caído no lavatório e seguido esgoto abaixo (fazendo da minha admiração um acto de parvoíce). E estava mesmo, a lente estava no sítio!
Voltei novamente à “casa de partida” para nova tarefa, agora no olho esquerdo, e qual não é o meu espanto que em menos de dois minutos, novo sucesso! Eh pá, já me sentia com um grau de eficácia superior ao do Cardozo! Nova corrida para a mesma pergunta e a mesma confirmação! Isto estava mesmo a correr de feição.
A sensação de andar com umas películas agarradas aos olhos afinal não me pareceu tão desconfortável quanto esperava inicialmente. A capacidade de visão era aparentemente a mesma, no entanto sentia uma pequena impressão por debaixo da pálpebra inferior sempre que pestanejava. 
Depois comecei a fazer as minhas experiências, a pestanejar muito rapidamente para ver qual era o efeito e o resultado era ter a sensação que a lente levantava. Esfreguei os olhos e obviamente a lente deslocou-se, experimentei também a mexer rapidamente os olhos e ao fim de um quarto de hora de tanta experiência fiquei com náuseas e tive de tirar os ditos acessórios. 

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