25 de novembro de 2011

A Jaula


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Amanhã é dia de dérbi. Não, não estou a falar do jogo Nacional vs Marítimo. Estou mesmo a falar do Benfica vs Sporting, o dérbi dos dérbis. Como não podia deixar de ser, até porque é da praxe, lá vem mais uma polemicazinha. Quando não há casos, inventam-se.
Desta vez o motivo da confusão é “A Jaula”, sistema que o Benfica sujeitou à aprovação por parte da Liga e viu confirmada a autorização para a colocação no seu próprio estádio. Este sistema consiste numa rede colocada em torno dos adeptos da equipa visitante, com o intuito de prevenir a passagem de objectos arremessados quer de um lado quer de outro, prevenindo a ocorrência de danos pessoais. Este sistema já é utilizado noutros estádios de outros países, caso do Giuseppe Meazza, do Inter e Milan, no Allianz Arena do Bayern de Munique ou Camp Nou do Barcelona, não sendo uma ideia pioneira do Glorioso.
A direcção do Sporting ficou extremamente ofendida pela utilização desta caixa de protecção, recusando-se a participar nas actividades de confraternização habituais entre as duas equipas, que ocorrem antes do jogo, abdicando também os seus membros dos lugares da tribuna a que têm direito, preferindo ver o jogo ao lado das claques na bancada.
Hoje um dos jornais desportivos referia numa notícia que os ditos membros iriam ser sujeitos a revista à entrada no estádio. Sinceramente, não percebo porque é que isto é notícia, não é normal os espectadores da bancada serem revistados à entrada do estádio? Eu tenho o meu cadastro limpo e sempre que entrei num estádio fui revistado, deveria haver regimes de excepção para alguém? Parece-me que não.
A única vez que assisti a um Benfica vs Sporting no estádio, foi ainda no antigo estádio da Luz, a grandiosa Catedral! No final do jogo os adeptos do Benfica brindaram a claque sportinguista com uma torrencial chuva de cadeiras. Não sei quantos adeptos sportinguistas tiveram de receber assistência médica por via da absurda e condenável atitude, mas se à época houvesse uma protecção como a que agora vai ser implementada, os danos humanos seriam insignificantes ou mesmo inexistentes.

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