13 de dezembro de 2012

Não havia necessidade...


Não sou contemporâneo do futebol de Eusébio, nunca o vi jogar ao vivo nem em directo na televisão e tudo o que conheço de si nesse âmbito, foi-me dado a conhecer através de imagens de arquivo passadas na televisão ou em vídeo. Tenho porém uma enorme admiração por ele e considero-o o mais extraordinário jogador de futebol português e sem ponta de dúvida um dos melhores a nível mundial.
A juntar às qualidades futebolísticas, tenho de si uma imagem de igualmente extraordinário carácter, pela humildade e simplicidade que me fui habituando conhecer da sua postura dentro e fora de campo.
Suponho que Eusébio tem sido das poucas figuras portuguesas que tem conseguido manter alguma intocabilidade, por conseguir passar ao lado de polémicas, mesmo mantendo a sua ligação ao Benfica.
Ultimamente, e não sei por que motivo, Eusébio proferiu alguns comentários menos elegantes, como foi o caso do de ontem em que “… o Benfica só perdia em Alvalade se jogasse com os juniores”. Não vejo qual a necessidade do comentário, ainda que o autor esteja no direito de o proferir.
Por todos os motivos e mais alguns, o comentário é despropositado e entra no “folclore provocatório” que não ajuda em nada o futebol, a imagem do Benfica e de Eusébio. Caso não tenha mais tento na língua, arrisca-se a perder um estatuto que lhe levou uma vida a construir e que fez por merecer. 
Eu detestava que o Eusébio perdesse o respeito que lhe devemos. Ainda hoje, há no mundo quem só conheça dois cidadãos portugueses, Amália e Eusébio.

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