23 de dezembro de 2012

(In)Feliz Natal



Por esta altura como é hábito anda quase toda a gente a desejar “Feliz Natal” e eu não sou excepção, se calhar mais por contágio do que por me sentir envolvido pelo espírito natalício.
Este ano não tenho muita vontade de andar feliz só porque estamos na quadra do Natal, de disfrutar na consoada de uma barrigada de coisas à mesa que me vão provavelmente causar má-disposição e de rasgar papel de embrulho que também custou dinheiro e cuja existência se destinou apenas a essa circunstância.
Este ano, mais do que em outros, preocupa-me e chateia-me bastante que muitas pessoas que eu conheço (e outras que eu não conheço), tenham um natal infeliz. Revolta-me que haja quem não tem dinheiro para poder ter uma mesa bem composta para si e para os filhos, numa noite que simboliza a felicidade, seja pelo nascimento do menino Jesus, seja pela união familiar. Revolta-me ouvir pessoas dizer que não compraram sequer um presente para os filhos porque a empresa onde trabalham não lhes pagou o ordenado.
Esta tristeza não é uma coisa momentânea que desaparece no dia 26 de Dezembro ou no dia 6 de Janeiro com o final da quadra, mas é naturalmente acentuada por ser uma época que carrega o peso de uma felicidade quase imperativa e que por isso implica uma maior desilusão quando as coisas não correm dessa forma.
Espero que para o ano as coisas não piorem, como se prevê, e que as mesas estejam suficientemente apetrechadas para que a quem a elas se senta fique feliz e que os pequenitos tenham presentes para abrir.  
Por agora desejo sinceramente um Bom Natal a todos!

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