19 de setembro de 2012

El Comandante

Sou benfiquista assumido, daqueles que vivem com alguma intensidade o clube, acompanham o seu percurso nas competições, conhecem minimamente a sua história e os jogadores que o integram. Sofro com as derrotas e os empates e empolgo-me com as vitórias, embora com o tempo esses comportamentos tenham começado a ser mais moderadas. O futebol e o desporto em geral não devem assumir nas nossas vidas maior importância do que na realidade têm.
Sendo benfiquista, tento manter a imparcialidade ao analisar o que vejo nas disputas e competições entre clubes, esteja ou não metido o meu “Glorioso” ao barulho. Quando vejo uma partida procuro analisar os lances de jogo, as performances e comportamentos dos intervenientes sem me deixar influenciar pela clubite. Uma coisa é ser benfiquista e outra completamente diferente é ser parvo, esta segunda tento evitar que se manifeste muitas vezes.
Há no futebol português muito bons jogadores pelos quais eu tenho alguma admiração, quer pela sua capacidade futebolística, quer pela sua atitude humana. Um desses jogadores dá pelo nome de Luiz González, mais conhecido por Lucho González, e é jogador do Porto.
Ontem, o Porto jogou em Zagreb o seu primeiro jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, umas horas antes do jogo começar Lucho Gonzalez recebeu a notícia de que o seu pai tinha falecido na Argentina. A atitude mais esperada seria a de não alinhar no encontro, dada a devastadora notícia. Contrariando essas expectativas jogou de início, foi um dos melhores em campo e marcou o primeiro golo. Fez mais do que lhe era exigido, assumiu a braçadeira de capitão demonstrado porque é merecedor de a usar, liderou a sua equipa com a influência que lhe é característica e deu um passo larguíssimo para tornar o seu grupo mais coeso.
Para além do jogador distinto, justifica também a sua alcunha de “El Comandante”. 

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