16 de junho de 2011

Twitter

Há uns dois ou três anos atrás, um avião foi forçado a amarar no rio Hudson (se calhar por ser no rio devia ser “arriar”), devido a problemas dos quais não estou a par, nem sequer interessa para o caso. Não morreu ninguém segundo me lembro.
Um dos passageiros utilizou uma funcionalidade através do telemóvel, inventada por aquelas alturas, para transmitir informações do interior da aeronave e dar a conhecer na primeira pessoa, os sucessivos acontecimentos. Essa ferramenta era Twitter.
Como curioso e viciado na internet que sou, tive de ir logo investigar o que era aquilo. Tratei de criar logo a minha conta no dito espaço, embora a minha utilização fosse apenas a partir do computador.  
Com o passar do tempo aquilo tornou-se para mim um bocado desinteressante, não tenho grande coisa para divulgar através do twitter, a minha vida não interessa a ninguém e nem sequer tinha, nem pretendia ter, grande público para o que poderia twittar. Portanto fui deixando de utilizar aquilo, até ao ponto de deixar mesmo de consultar o espaço.
Há uns dias em conversa com um amigo meu, grande adepto das twittices, dizia-lhe exactamente o que relatei, ao que ele me respondeu que o interesse dele era mais no sentido de se manter informado, do que de informar. O que ele seguia eram essencialmente meios de informação.
Pus-me a pensar naquilo e de facto até me pareceu fazer algum sentido ter a possibilidade de me manter a par das glórias do mundo, ainda para mais agora que já evolui para um espantoso smartphone. Cheguei a casa fui ver se o twitter ainda contava comigo e para meu espanto, contava mesmo! Mais, ainda lá tinha o meu histórico, que entretanto acabei por apagar.
Fui pesquisar alguns utilizadores que poderia seguir e neste momento já me sinto novamente integrado nesse mundo. Pelo andar da carruagem qualquer dia ainda passo a utilizar os cento e não sei quantos caracteres que me são disponibilizados por “post” e ainda dou também umas twittadelas.

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