28 de Agosto de 2006 |
Ultimamente, se calhar por não ver a Torre Eiffel há perto de três anos, tenho sentido uma enorme vontade de lá voltar. Sem dúvida que o facto de grande parte da minha família habitar naquele país é importante para sentir a falta daquelas paragens, mas falta-me mais.
Se pudesse escolher um sítio para viver, claramente esse sítio seria São Jorge, mas um sítio para visitar regularmente, então aí seria definitivamente Paris. Há qualquer coisa no ar quando se está em Paris, é uma espécie de magia que realmente transforma aquele local na "Cidade Luz". Há um brilho diferente!
Até a arquitectura do normal edifício parisiense é cativante, dá vontade de caminhar por aquelas ruas, ver os pequenos "bistrots" tão típicos, com aquelas cadeiras de madeira nas pequenas esplanadas. É também extremamente agradável ver o rio Sena ser navegado pelos compridos "Bateau mouche", enquanto passam debaixo das pontes construídas em pedra. Há sem dúvida um glamour único.
Sinto também a falta de ouvir falar francês, de ouvir aquela língua que para muitos é irritante, mas que tem uma musicalidade delicada, quase como se se falasse com pinças. Acho que o francês é o único idioma no mundo que permite às pessoas insultarem-se quase de boca fechada e dizer asneiras com graciosidade.
Enquanto a crise não abranda vou ficando mesmo por cá, a ouvir o belga Jacques Brell para ver se isto acalma, Agosto está mesmo aí à porta e entretanto chega a família.
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