No passado Sábado, eu, a minha esposa e a pequenita, deslocámo-nos até ao norte do país para assistir ao casamento de um casal amigo, que é colega de trabalho da minha amada. O dia não estava propriamente fácil para fazer duzentos e tal quilómetros de carro, visto estar um calor abrasador, mas considerando o motivo, lá fomos.
Como o casamento era só às quinze horas, parámos primeiro em casa dos pais de uma outra colega da minha esposa, onde fomos muitíssimo bem tratados, alimentados e mais tarde iríamos pernoitar. Após uma bela almoçarada e depois de nos equiparmos, lá fomos então até à Igreja.
Após a cerimónia, à qual assisti em local privilegiado debaixo de uma árvore, lá seguimos até à quinta onde seria servida a paparoca. Como não conheço aquelas paragens, limitei-me a seguir o casal M&M. Chegámos à placa com o nome da quinta, esperava-nos à entrada do parque a acenar um mimo (palhaço mudo) e lá entrámos. Estacionámos os bólides, sacamos a tralha que nos acompanhava, encaminhámo-nos para o espaço relvado, todo bem decorado, e abancámos nuns belos sofás de jardim, enquanto a minha amada trocava a fralda à piquena.
Os convidados foram chegando e não havia maneira de chegar ninguém conhecido, eu com o ansiado suminho na mão lá ia vendo a malta a chegar sem conhecer ninguém, coisa que para mim era normal visto não ser de lá e não ter entrado na igreja. Para o casal que nos acompanhava já não era assim tão normal. Começou-se a gerar ali alguma desconfiança, que foi desfeita passado poucos minutos quando chegaram os noivos.
Lá vimos a charrete chegar junto ao tapete vermelho e nesse momento ouvi o comentário “Não são estes noivos!”. Por esta altura o suminho de laranja já ninguém me tirava e no máximo o que poderia acontecer era ser-mos postos a mexer, o que também não era grave, considerando que andávamos à procura de outro casamento.
A única solução era sair nas calmas, para isso bastava posar para o cameraman que entretanto me rodeou, aguardar que a mãe e a filha chegassem e no limite, dar os parabéns aos noivos.
A minha cara-metade chegou e transmiti-lhe:
- Estamos no casamento errado!
Ao que ela respondeu:
- Como é que sabes?
A resposta era fácil.
- Olha para os noivos.
Lá saímos tentando manter a naturalidade e não nos escangalhar-mos a rir, e lá abandonámos o local em busca da outra quinta, da mesma empresa, daí a confusão, com uma história engraçada para contar aos netos.
Quanto aos noivos, continuam felizes e casados.
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