12 de dezembro de 2011

Carta ao Pai Natal


Esta é a primeira vez que te escrevo, embora já tenha aprendido há 25 anos. Como já não falta muito para pegares no trenó, alinhares as renas e saíres a abrir pelo céu fora que nem um “ganda maluco”, vestido com o teu fato vermelho e saco “mágico” carregado de prendas, achei que poderia remeter-te esta cartinha.
Este ano, penso que tal como em quase todos os outros, não fui nem deixei de ser um bom menino, fiz o que pude e o que me deixaram. Acima de tudo tentei ser o melhor que consegui, o melhor filho, o melhor marido e o melhor pai. Certamente que nem sempre fui bem-sucedido mas não foi por não tentar ao máximo. Espero não ter deixado nenhum pedido de desculpa  perder-se pelo caminho, porque se há coisa que acho ser verdadeiramente errada é não reconhecer as minhas falhas.
Não te escrevo, Pai Natal, a pedir uma prenda ou a argumentar que a mereço, só porque comi o peixinho todo ou fiz os trabalhos de casa, incluindo aspirar e limpar o pó. Escrevo porque gostava que se alguém ler a carta, incluindo tu, esse alguém se lembre que nesta época são mais importantes os presentes que os olhos não vêem. Naturalmente que os outros também contam, mas contam menos. Não é só mais um cliché que utilizei só porque é bonito, é realmente algo em que acredito, algo que nos pode ajudar a atribuir menos importância aos momentos difíceis e ajudar a melhorarmo-nos enquanto pessoas e a tornar-nos mais alegres. O espírito de Natal ainda não deve ter sumido completamente!
Portanto Pai Natal, se não me quiseres trazer nada, não tragas. Dá-me só o prazer de ver a minha família feliz, a minha filha com os olhos a brilhar a abrir os presentes mesmo que ainda não perceba muito bem o que se está ali a passar, e a quem ler isto dá-lhe muita paz porque a paz é meio caminho andado para a felicidade.
Boa viagem Pai Natal e não fiques entalado em nenhuma chaminé.

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