25 de setembro de 2012

Intranquilo

Sinto-me intranquilo, isto porque, a seguradora com a qual a minha entidade empregadora tem contrato, não aprovou parte da cirurgia a que deveria ser sujeito no próximo dia 13 de Outubro. O processo iniciou-se a 18 de Abril, e apenas no passado dia 18 de Setembro me informaram que apesar de todas as reviravoltas a que me obrigaram em 5 meses, não aprovavam uma parte, e porventura a mais importante. Escrevi-lhes um e-mail que deixo abaixo e que explica os motivos pelos quais estou ... intranquilo. 

"Exmos. Senhores,

No passado dia 18 de Abril, enviei para os vossos serviços por fax, a partir do CHSF, um “Impresso de informação clínica - Geral”, formulário esse que visava o pedido de aprovação de cirurgia, onde eram indicados explicitamente os códigos “34000023 – septoplastia” e “34000025- turbinectomia unilateral”.
No seguimento deste envio, foi-me pedida, em contacto telefónico, a TAC que evidenciava os problemas objecto de correcção na cirurgia a realizar. Enviei no dia 15 de Maio via e-email uma cópia ao cuidado do Senhor LN. Por me ser novamente solicitado que vos enviasse essa documentação, pelo CHSF, remeti-vos uma segunda vez, no dia 18 de Maio, o mail enviado anteriormente, agora ao cuidado da Senhora AV.
No dia 17 de Maio, foi-me enviada uma carta da vossa parte que recebi 3 dias depois, a solicitar nova TAC, agora aos Seios peri-nasais, visto que a primeira era uma TAC crânio-encefálica e insuficiente para análise do vosso Director Clínico, Dr. RCS, pese embora tenha sido suficientemente esclarecedora para o Otorrino que me observou e que tenho como competente, Dr. MG. O vosso pedido obrigou-me a ir pela terceira vez a uma consulta e a fazer nova TAC, cuja cópia do relatório vos foi remetida por e-mail no dia 11 de Junho.
No dia 12 de Junho foi-me endereçada nova carta, agora a solicitar um “Relatório médico que justificasse a realização do código 34000025 (Idem, bilateral) atendendo ao relatório da TAC Seios Perinasais”. Farto de me ver envolvido em tamanha burocracia telefonei pela segunda vez (desde o início do processo) para os vossos serviços a fim de esclarecer quais os elementos em falta e se mos podiam indicar de uma só vez, salientando que não sendo eu médico tal questão não me deveria ter sido colocada a mim mas sim ao Otorrino. Foi-me dito que era apenas o único elemento em falta.
Após ter sido enviado pelo Otorrino o referido relatório, situação que tratei directamente com o CHSF, recebi nova carta da vossa parte, enviada no dia 29 de Junho a solicitar que indicasse a data da cirurgia. Voltei a contactar por telefone os vossos serviços, visto terem pedido novos elementos depois de indicar não haver nada em falta além do relatório médico, que me disseram para indicar a minha disponibilidade e que esta seria a última solicitação da vossa parte. Indiquei por e-mail a minha disponibilidade no dia 14 de Julho.
No dia 20 de Julho, responderam ao e-mail que enviei dizendo que a data teria de ser um dia concreto e não um período de tempo. Tal situação obrigou-me a agendar a 5ª (QUINTA) consulta com o Otorrino, que por indisponibilidade de horário do CHSF, apenas consegui marcar para dia 12 de Setembro. No dia 13 de Setembro indiquei-vos por e-mail que a cirurgia, que obviamente incluía a septoplastia e turbinectomia bilateral, tinha sido agendada com o Otorrino para dia 13 de Outubro.
Na passada sexta-feira, 22 de Setembro, recebi uma carta vossa de dia 18 de Setembro, indicando ter sido aprovada a cirurgia “Turbinectomia Unilateral – código 34000007 X2” mas que a correspondente ao código “34000023 (Septoplastia), não era comparticipada.
Desde a primeira informação que vos foi remetida que a Septoplastia foi claramente descrita como um dos motivos pelo qual era necessária a realização da cirurgia.
O contrato de seguro foi celebrado com a minha entidade empregadora, situação que é do vosso conhecimento, visto estar escrito no cartão que me foi atribuído por vós. Não tenho portanto uma cópia da apólice.
Em nenhum momento e em nenhum dos contactos me foi referido que a Septoplastia não seria comparticipada. Os contactos foram iniciados a 18 de Abril, e a seguradora apenas me informou desta situação a 18 de Setembro, ou seja, 5 (CINCO) meses depois, vendo-me eu forçado a gastar dinheiro e a perder tempo, para demonstrar a necessidade de uma cirurgia que segundo vós a apólice indica como não abrangida.
Após pedido que fiz à responsável dos recursos humanos da empresa para a qual trabalho, verifiquei que a apólice não é clara na exclusão da dita cirurgia.
Por esse motivo, e tendo em conta o arrastar do processo, ausência de vontade em resolver a situação e a forma como o processo foi gerido, verifico que da parte da Seguradora T/AC, é transmitida uma inequívoca incompetência e falta de seriedade.
Venho portanto solicitar que seja feita uma célere reanálise ao processo e que me seja dada uma resposta o mais breve possível, tendo em conta a proximidade do dia 13 de Outubro.
Informo também da minha intenção em participar o assunto à Associação Portuguesa de Seguradores.

Cumprimentos,  

Joel Mota"

Sem comentários:

Enviar um comentário