Sou benfiquista
assumido, daqueles que vivem com alguma intensidade o clube, acompanham o seu
percurso nas competições, conhecem minimamente a sua história e os jogadores
que o integram. Sofro com as derrotas e os empates e empolgo-me com as
vitórias, embora com o tempo esses comportamentos tenham começado a ser mais
moderadas. O futebol e o desporto em geral não devem assumir nas nossas vidas
maior importância do que na realidade têm.
Sendo benfiquista,
tento manter a imparcialidade ao analisar o que vejo nas disputas e competições
entre clubes, esteja ou não metido o meu “Glorioso” ao barulho. Quando vejo uma
partida procuro analisar os lances de jogo, as performances e comportamentos
dos intervenientes sem me deixar influenciar pela clubite. Uma coisa é ser
benfiquista e outra completamente diferente é ser parvo, esta segunda tento
evitar que se manifeste muitas vezes.
Há no futebol
português muito bons jogadores pelos quais eu tenho alguma admiração, quer pela
sua capacidade futebolística, quer pela sua atitude humana. Um desses jogadores
dá pelo nome de Luiz González, mais conhecido por Lucho González, e é jogador
do Porto.
Ontem, o Porto jogou
em Zagreb o seu primeiro jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, umas
horas antes do jogo começar Lucho Gonzalez recebeu a notícia de que o seu pai
tinha falecido na Argentina. A atitude mais esperada seria a de não alinhar no
encontro, dada a devastadora notícia. Contrariando essas expectativas jogou de
início, foi um dos melhores em campo e marcou o primeiro golo. Fez mais do que
lhe era exigido, assumiu a braçadeira de capitão demonstrado porque é merecedor
de a usar, liderou a sua equipa com a influência que lhe é característica e deu
um passo larguíssimo para tornar o seu grupo mais coeso.
Para além do jogador
distinto, justifica também a sua alcunha de “El Comandante”.
Sem comentários:
Enviar um comentário