Logo pela manhã, tive
de passar pelo posto-médico para que o meu médico de família me passasse umas
análises, uns medicamentos, ouvisse umas queixas da vesícula e para que a
enfermeira me desse uma agulhada no braço para administrar a vacina
antitetânica.
Ao escrever a data no
boletim de vacinas, a enfermeira reparou que se assinalava o 11º aniversário
dos atentados ocorridos em Nova Iorque. De imediato comentou que se lembrava
bem desse dia, onde estava e o que fazia enquanto as torres gémeas eram atingidas
pelos aviões. Também eu comentei com ela algumas circunstâncias desse meu dia,
o local onde soube da notícia e de como a notícia inicialmente me chegou
confusa. Confusão é provavelmente uma das palavras que caracterizaram bem esse
dia, tragédia será outra.
Poucas serão as
pessoas que não têm bem fresca na memória a recordação do local onde se
encontravam e o que faziam aquando dos fatídicos acontecimentos. Onze anos
depois aquelas imagens brutais ainda impressionam, onze anos depois e parece
que foi ontem.
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