A pergunta que se põe
é: Qual amor à camisola?
O Javi Garcia é
espanhol, o Witsel é belga e o Hulk é brasileiro. Alguém estaria à espera que
eles fosse benfiquistas ou portista (caso do hulk) desde pequeninos? E se
fossem, abdicariam de pelo menos o dobro do salário (e prémios) para ficarem
nos clubes do “coração”?
Os homens eram
profissionais bem pagos, aliás muitíssimo bem pagos, mas sendo aliciados para
melhorarem significativamente as suas condições salariais, agiram como outro
qualquer funcionário de outra qualquer profissão. Poderiam abdicar de ligeiras
melhorias contratuais em detrimento do bem-estar que lhes era propiciado no
clube, mas não abdicariam por certo de uma diferença tão grande. Mais, tendo família
é também normal que pensem em amealhar o mais possível para lhe garantir uma
situação confortável.
No caso do Hulk e
Javi Garcia, esta poderia ser a derradeira hipótese para firmar um grande
contracto, as suas carreiras durarão mais 7 ou 8 anos e neste momento estão no
apogeu das suas capacidades. No caso do Witsel, em minha opinião, pode ter sido
uma precipitação, com 23 anos arriscar-se-ia ser contractado por um clube
melhor, com melhores condições, num campeonato mais competitivo, na próxima
época.
Compreendo e não me
choca a decisão que tomaram, mesmo não me agradando nem um bocadinho.
Respondendo à
pergunta inicial, o amor à camisola é coisa com a qual já não se pode contar, a
existir será sempre um “bónus”, fundamental é o profissionalismo e nenhum dos
jogadores me pareceu ter falhado nessa questão.
Quanto aos que se
queixam dos “mercenários do futebol”, que atire a primeira pedra aquele que
confrontado com a mesma situação não agiria da mesma forma.
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