5 de setembro de 2012

Amor à camisola


A pergunta que se põe é: Qual amor à camisola?
O Javi Garcia é espanhol, o Witsel é belga e o Hulk é brasileiro. Alguém estaria à espera que eles fosse benfiquistas ou portista (caso do hulk) desde pequeninos? E se fossem, abdicariam de pelo menos o dobro do salário (e prémios) para ficarem nos clubes do “coração”?
Os homens eram profissionais bem pagos, aliás muitíssimo bem pagos, mas sendo aliciados para melhorarem significativamente as suas condições salariais, agiram como outro qualquer funcionário de outra qualquer profissão. Poderiam abdicar de ligeiras melhorias contratuais em detrimento do bem-estar que lhes era propiciado no clube, mas não abdicariam por certo de uma diferença tão grande. Mais, tendo família é também normal que pensem em amealhar o mais possível para lhe garantir uma situação confortável.
No caso do Hulk e Javi Garcia, esta poderia ser a derradeira hipótese para firmar um grande contracto, as suas carreiras durarão mais 7 ou 8 anos e neste momento estão no apogeu das suas capacidades. No caso do Witsel, em minha opinião, pode ter sido uma precipitação, com 23 anos arriscar-se-ia ser contractado por um clube melhor, com melhores condições, num campeonato mais competitivo, na próxima época.
Compreendo e não me choca a decisão que tomaram, mesmo não me agradando nem um bocadinho.
Respondendo à pergunta inicial, o amor à camisola é coisa com a qual já não se pode contar, a existir será sempre um “bónus”, fundamental é o profissionalismo e nenhum dos jogadores me pareceu ter falhado nessa questão.
Quanto aos que se queixam dos “mercenários do futebol”, que atire a primeira pedra aquele que confrontado com a mesma situação não agiria da mesma forma.

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