Sinto-me intranquilo, isto porque, a seguradora com a qual a minha entidade empregadora tem contrato, não aprovou parte da cirurgia a que deveria ser sujeito no próximo dia 13 de Outubro. O processo iniciou-se a 18 de Abril, e apenas no passado dia 18 de Setembro me informaram que apesar de todas as reviravoltas a que me obrigaram em 5 meses, não aprovavam uma parte, e porventura a mais importante. Escrevi-lhes um e-mail que deixo abaixo e que explica os motivos pelos quais estou ... intranquilo.
"Exmos. Senhores,
No passado dia 18 de Abril, enviei para os
vossos serviços por fax, a partir do CHSF, um “Impresso de informação clínica -
Geral”, formulário esse que visava o pedido de aprovação de cirurgia, onde eram
indicados explicitamente os códigos “34000023 – septoplastia” e “34000025-
turbinectomia unilateral”.
No seguimento deste envio, foi-me pedida,
em contacto telefónico, a TAC que evidenciava os problemas objecto de correcção
na cirurgia a realizar. Enviei no dia 15 de Maio via e-email uma cópia ao
cuidado do Senhor LN. Por me ser novamente solicitado que vos enviasse essa
documentação, pelo CHSF, remeti-vos uma segunda vez, no dia 18 de Maio, o mail
enviado anteriormente, agora ao cuidado da Senhora AV.
No dia 17 de Maio, foi-me enviada uma
carta da vossa parte que recebi 3 dias depois, a solicitar nova TAC, agora aos
Seios peri-nasais, visto que a primeira era uma TAC crânio-encefálica e
insuficiente para análise do vosso Director Clínico, Dr. RCS, pese embora tenha
sido suficientemente esclarecedora para o Otorrino que me observou e que tenho
como competente, Dr. MG. O vosso pedido obrigou-me a ir pela terceira vez a uma
consulta e a fazer nova TAC, cuja cópia do relatório vos foi remetida por
e-mail no dia 11 de Junho.
No dia 12 de Junho foi-me endereçada nova
carta, agora a solicitar um “Relatório médico que justificasse a realização do
código 34000025 (Idem, bilateral) atendendo ao relatório da TAC Seios
Perinasais”. Farto de me ver envolvido em tamanha burocracia telefonei pela
segunda vez (desde o início do processo) para os vossos serviços a fim de
esclarecer quais os elementos em falta e se mos podiam indicar de uma só vez,
salientando que não sendo eu médico tal questão não me deveria ter sido
colocada a mim mas sim ao Otorrino. Foi-me dito que era apenas o único elemento
em falta.
Após ter sido enviado pelo Otorrino o
referido relatório, situação que tratei directamente com o CHSF, recebi nova
carta da vossa parte, enviada no dia 29 de Junho a solicitar que indicasse a
data da cirurgia. Voltei a contactar por telefone os vossos serviços, visto
terem pedido novos elementos depois de indicar não haver nada em falta além do
relatório médico, que me disseram para indicar a minha disponibilidade e que
esta seria a última solicitação da vossa parte. Indiquei por e-mail a minha
disponibilidade no dia 14 de Julho.
No dia 20 de Julho, responderam ao e-mail
que enviei dizendo que a data teria de ser um dia concreto e não um período de
tempo. Tal situação obrigou-me a agendar a 5ª (QUINTA) consulta com o Otorrino,
que por indisponibilidade de horário do CHSF, apenas consegui marcar para dia
12 de Setembro. No dia 13 de Setembro indiquei-vos por e-mail que a cirurgia,
que obviamente incluía a septoplastia e turbinectomia bilateral, tinha sido
agendada com o Otorrino para dia 13 de Outubro.
Na passada sexta-feira, 22 de Setembro,
recebi uma carta vossa de dia 18 de Setembro, indicando ter sido aprovada a
cirurgia “Turbinectomia Unilateral – código 34000007 X2” mas que a
correspondente ao código “34000023 (Septoplastia), não era comparticipada.
Desde a primeira informação que vos foi
remetida que a Septoplastia foi claramente descrita como um dos motivos pelo
qual era necessária a realização da cirurgia.
O contrato de seguro foi celebrado com a
minha entidade empregadora, situação que é do vosso conhecimento, visto estar
escrito no cartão que me foi atribuído por vós. Não tenho portanto uma cópia da
apólice.
Em nenhum momento e em nenhum dos
contactos me foi referido que a Septoplastia não seria comparticipada. Os
contactos foram iniciados a 18 de Abril, e a seguradora apenas me informou
desta situação a 18 de Setembro, ou seja, 5 (CINCO) meses depois, vendo-me eu
forçado a gastar dinheiro e a perder tempo, para demonstrar a necessidade de
uma cirurgia que segundo vós a apólice indica como não abrangida.
Após pedido que fiz à responsável dos
recursos humanos da empresa para a qual trabalho, verifiquei que a apólice não
é clara na exclusão da dita cirurgia.
Por esse motivo, e tendo em conta o
arrastar do processo, ausência de vontade em resolver a situação e a forma como
o processo foi gerido, verifico que da parte da Seguradora T/AC, é transmitida
uma inequívoca incompetência e falta de seriedade.
Venho portanto solicitar que seja feita
uma célere reanálise ao processo e que me seja dada uma resposta o mais breve
possível, tendo em conta a proximidade do dia 13 de Outubro.
Informo também da minha intenção em
participar o assunto à Associação Portuguesa de Seguradores.
Cumprimentos,
Joel Mota"