Esta crónica aparece
aqui com algum atraso, pois a manifestação organizada no dia da greve já
ocorreu na semana passada, contudo ainda continua a dar que falar não apenas
aqui mas em alguns sites, blogs e até o Presidente da República falou ontem
sobre o tema.
Das circunstâncias
sobejamente conhecidas, há duas que me “fazem alguma espécie”, a primeira e
mais importante, a forma como um bando de energúmenos (não confundir com
manifestantes pacíficos) desrespeita a autoridade policial, arremessa objectos
contra montras, insulta e vandaliza, tudo sob pretexto de terem muitos direitos
e viverem no país livre, sempre naquela conversinha do costume. Esquecem-se que
também têm o dever de ser civilizados e os demais também têm direito a não ser
importunados pela sua arruaça.
A segunda coisa que
me “faz espécie” é a forma como a polícia abusa da sua autoridade e perante a
necessidade de restabelecer a ordem, leva tudo à frente cegamente e arreia em
tudo o que mexe. A questão dos fotojornalistas é o exemplo deste facto. Nas
fotos que pude observar é claramente evidente a forma absurda como a
fotojornalista Patrícia de Melo Moreira é agredida no exercício da sua
profissão, sem motivo. A desculpa da falta de identificação para o triste
acontecimento é demasiado esfarrapada, pois se a máquina fotográfica não fosse
suficiente para identifica-la, o acto de fotografar não será certamente uma
agressão, nem distúrbio.
O papel da polícia é
manter a ordem e dar o exemplo, neste caso até poderão ser acusados de utilizar
a força em excesso, mas tenho seríssimas dúvidas que tenham sido eles a atirar
a primeira pedra.
Aqui fica um vídeo
captado antes da carga policial que mostra o comportamento de alguns
manifestantes a vandalizar a esplanada de um café e duas fotos que mostra a bárbara
agressão à fotojornalista Patrícia de Melo Moreira.
Carregado por JosephPoudhon
Hugo Correia/Reuters |
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