No início desta semana, Paulo
Portas desaconselhou a realização de greves sob pena de acentuar o
empobrecimento do país. Correndo o risco de ser mal interpretado ou polémico,
concordo completamente.
Em meu entender, as greves são um
instrumento utilizado como forma de protesto pelo trabalhador, não executado as suas tarefas habituais e abdicando consequentemente do seu salário,
devendo manter-se obrigatoriamente no posto de trabalho para legitimamente
reivindicar os seus direitos.
As greves que me acostumei a ver,
não passam de um conjunto de pessoas que aproveita o dia sem trabalhar para
usufruir dele como se de férias se tratassem. Na maioria dos casos os grevistas
não estão no local de trabalho em protesto, estão sabe-se lá onde… em descanso
ou lazer. Considero portanto, que para o trabalhador ver reconhecido esse seu
direito teria de comparecer no local de trabalho, caso contrário tinha falta
injustificada.
Um dos meus amigos costumava
comentar, que em Portugal só se marcavam greves para as sextas-feiras ou para
as segundas-feiras, prolongando assim o fim-de-semana. Depois de o ouvir proferir
esta afirmar, mantive-me atento durante algum tempo e coincidência ou não, ele
tinha mesmo razão. Quando a imagem que passa de uma greve é o incentivo à
preguiça, qualquer argumento reivindicativo fica imediatamente fragilizado.
Não sou contra as greves nem as acho inúteis, muito pelo contrário, considero ser um direito demasiado sério e valioso para se praticar levianamente.
Não sou contra as greves nem as acho inúteis, muito pelo contrário, considero ser um direito demasiado sério e valioso para se praticar levianamente.
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