7 de setembro de 2011

Civi...quê? Civismo? Desconheço!


Uma vez o Herman José contou que numa visita sua à Holanda, ao passar numa rua, assistiu a um senhor num carro de matrícula italiana estacionado junto ao passeio, sacar do cinzeiro do carro e despeja-lo em plena rua. Nisto, uma senhora holandesa que caminhava com dois sacos do lixo, acabada de assistir àquele triste espectáculo, dirige-se ao carro descapotável a bufar e despeja-lhe os sacos no banco de trás. Não sei qual foi o desfecho da história, certo é que lhe admiro e invejo a coragem, pois eu não seria seguramente capaz de o fazer.
Hoje, enquanto me deslocava para o trabalho assisti a uma situação que é, infelizmente frequente. O condutor do carro que seguia à frente do meu a certa altura decidiu abrir a janela e mandar fora um papel. Não raras vezes assisto a um cenário equivalente protagonizado por uma senhora num Opel Frontera cinzento perto de minha casa, logo de manhã, embora neste caso em vez de um papel o objecto atirado fora seja uma beata de cigarro ainda incandescente. 
Estas situações tiram-me do sério, se há coisa que me deixa completamente alterado é a falta de civismo. Acho impressionante que este grau de estupidez ainda habite em tantas cabeças e que em pleno 2011 com tanta informação sobre questões ambientais, já para não falar no respeito pela propriedade comum, ainda haja destes grunhos à solta.
Ao ver cenas destas sinto crescer dentro de mim um “Yosemite Sam”, desenho animado da Warner Brothers, começo a barafustar com vontade de os desancar, sinto a cabeça a inchar e a ficar vermelha prestes a explodir enquando deito fumo pelas orelhas! É que não há paciência!

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