20 de agosto de 2011

Um estudo realizado ...


Um destes dias vi uma notícia que dizia ter sido feito um estudo que indicava ganharmos 3 anos de vida por cada 15 minutos de exercício diário. No dia anterior a esta revelação, outro estudo que afirmava perdermos 22 minutos de vida por cada hora a ver televisão, isto se tivermos mais de 25 anos!
Provavelmente haverá qualquer coisa que me passou ao lado, a análise sintética destas revelações pode induzir em erro o meu pensamento e as minhas conclusões do que li. Não sei qual foi a amostragem nem quais os parâmetros considerados que levaram a revelar os resultados obtidos, mas parece-me que teríamos de fazer alguma futurologia para adivinhar a hipotética idade de morte dos indivíduos analisados para saber que tinham ganho ou perdido anos de vida em função de um determinado comportamento. Quem me garante que eles não irão durar mais anos por ver mais televisão e fazerem menos exercício, pois num qualquer dia podem abusar e morrer de enfarte? Se nesse dia estivessem a ver televisão não morriam! Coisas do destino, para quem acredita nele.
Cada vez o meu lado céptico sobressai mais, quando ouço falar de “Um estudo …”, parece que são revelados como verdades absolutas e por vezes, ao fim de um determinado tempo, é feito um estudo sobre o objecto de estudo previamente estudado e conclui-se que afinal o resultado era o inverso. Não sou contra a investigação científica, obviamente, acho é que às vezes se cai demasiado no ridículo com teorias da treta.
Algumas conclusões de estudos que encontrei por essa internet fora e que acho no mínimo… caricatos (hoje até estou um bocado benévolo):
- “Darth Vader tinha problemas psicológicos. A sério, e eu que pensava que ele era só mal-humorado;
- “Os utilizadores do internet explorer têm o QI mais baixo. Ainda bem que eu utilizo o Google Chrome;
- “Homens infiéis têm o QI mais baixo. Lá está, mais uma vez escolhi o lado certo da barricada;
- “Fast food aumenta a felicidade das crianças". Aposto que o óleo de fígado de bacalhau a diminui.
- “A Vuvuzela pode provocar perda de audição”. E descobriram isso sozinhos ou precisaram de ajuda?
Reconforta-me saber que se investe dinheiro, tempo e se aposta nestas mentes prodigiosas com o intuito de responder às questões que mais afligem a humanidade. Sinto que hoje o mundo e um local mais seguro e saudável.

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