Um destes dias vi uma
notícia que dizia ter sido feito um estudo que indicava ganharmos 3 anos de
vida por cada 15 minutos de exercício diário. No dia anterior a esta revelação,
outro estudo que afirmava perdermos 22 minutos de vida por cada hora a ver
televisão, isto se tivermos mais de 25 anos!
Provavelmente haverá qualquer
coisa que me passou ao lado, a análise sintética destas revelações pode induzir
em erro o meu pensamento e as minhas conclusões do que li. Não sei qual foi a
amostragem nem quais os parâmetros considerados que levaram a revelar os
resultados obtidos, mas parece-me que teríamos de fazer alguma futurologia para
adivinhar a hipotética idade de morte dos indivíduos analisados para saber que
tinham ganho ou perdido anos de vida em função de um determinado comportamento.
Quem me garante que eles não irão durar mais anos por ver mais televisão e
fazerem menos exercício, pois num qualquer dia podem abusar e morrer de
enfarte? Se nesse dia estivessem a ver televisão não morriam! Coisas do
destino, para quem acredita nele.
Cada vez o meu lado
céptico sobressai mais, quando ouço falar de “Um estudo …”, parece que são
revelados como verdades absolutas e por vezes, ao fim de um determinado tempo,
é feito um estudo sobre o objecto de estudo previamente estudado e conclui-se
que afinal o resultado era o inverso. Não sou contra a investigação científica,
obviamente, acho é que às vezes se cai demasiado no ridículo com teorias da
treta.
Algumas conclusões de
estudos que encontrei por essa internet fora e que acho no mínimo… caricatos
(hoje até estou um bocado benévolo):
- “Darth Vader tinha problemas psicológicos”.
A sério, e eu que pensava que ele era só mal-humorado;
- “Os utilizadores do internet explorer têm o QI mais baixo”.
Ainda bem que eu utilizo o Google Chrome;
- “Homens infiéis têm o QI mais baixo”.
Lá está, mais uma vez escolhi o lado certo da barricada;
- “Fast food aumenta a felicidade das crianças".
Aposto que o óleo de
fígado de bacalhau a diminui.
-
“Os fãs de Coldplay não fazem sexo no primeiro encontro”. E os do Quim Barreiros?
-
“A Vuvuzela pode provocar perda de audição”. E descobriram isso sozinhos ou
precisaram de ajuda?
Reconforta-me
saber que se investe dinheiro, tempo e se aposta nestas mentes prodigiosas com o intuito de responder às questões que mais afligem a humanidade. Sinto que hoje o
mundo e um local mais seguro e saudável.
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