25 de agosto de 2011

Primavera Árabe


Com a queda do regime ditatorial de Kadhafi, dei por mim a pensar em duas coisas que acho, de certa forma, surpreendentes na Primavera Árabe. A primeira é a forma como foi despoletada e a segunda, o veículo mais importante na sua organização e concretização.
Parece-me ser completamente inesperado que a morte por auto-imolação de um desconhecido vendedor ambulante tunisino, Mohamed Bouazizi, em protesto contra o governo regional de Sidi Bouzid, tenha sido o “clique” que levou à queda de, até agora, três ditaduras existentes há mais de duas décadas, Tunísia, Egipto e Líbia, estendendo-se os protestos a outros países cujos resultados não foram, para já os mesmos, Iémen, Barhain e Síria. 
Num ápice a morte deste mártir chegou aos media, difundido-se pelo Facebook onde foram criados movimentos que possibilitaram a organização de manifestações e revoltas com o intuito de derrubar os poderes instalados. A força conseguida na Tunísia mobilizou as populações dos países vizinhos, que de repente saíram às ruas para se libertarem também eles dos seus tiranos. 
A internet e facebook que tantas controvérsias têm causado, tal como qualquer outra inovação, com os seus prós e contras ajudaram a que estes povos conseguissem finalmente ter mais uma oportunidade de construir uma sociedade mais justa e livre. 

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