11 de agosto de 2012

Sem sono



Alfândega da Fé, 8 de Agosto 2012

O relógio marcava 6h37 quando abri os olhos pela primeira vez. Ás 6h54, tive a clara sensação de que já não valia a pena insistir mais, até porque com mais de 31 anos de experiência na área, já me conheço o suficiente para saber que dormir era coisa que não voltaria a acontecer nesta manhã. Dormir é para mim quase comparável ao futebol, adoro praticar mas infelizmente a habilidade é pouca.
Não é uma inaptidão recente, desde que me lembro de ser gente que tenho pouco jeito para dormir, se for fora de casa (e a casa está a 300 km) ainda pior.
Como estou de férias, fora de casa e sem sono, que melhor do que arrancar-me da cama, pegar no caderno, lápis e máquina fotográfica e vir para a varanda do hotel escrever estes rabiscos. Ainda tentei começar a organizar os pensamentos enquanto deitado, contudo alguns deles já começavam a querer escapar da memória como se de areia por entre os dedos se tratasse e pelo sim pelo não achei melhor fazer o esforço de os agarrar no papel, não fossem eles querer abandonar-me de vez.
Por hábito escrevo directamente num programa de edição de texto, não tenho por hábito andar de caderno comigo, visto não ter muita paciência para carregar acessórios, já basta a carteira, telemóvel e chaves. Quando vou de férias e como não tenho de andar permanentemente com ele, costumo levá-lo. Já o computador fica em casa, regra que sigo mais por respeito a quem me acompanha que por mim.
Felizmente que desta vez o meu pequeno caderno me acompanhou, é que estar sem sono às 7h da manhã quando quase todo o hotel ainda dorme e não tendo muito para fazer, que melhor do que pegar no caderno, lápis e máquina fotográfica e vir para a varanda disfrutar de um fresco nascer-do-sol nesta rara paisagem.


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