Como tudo tem um fim, as férias não
são excepção, ao décimo terceiro dia de Agosto voltei ao trabalho. Foi contra
minha vontade, que fique claro. Quando um dia um dos administradores da empresa
onde trabalho me perguntou se não estava farto de férias, respondi-lhe com nova
pergunta, “Já alguma vez recebeu alguma queixa por excesso de férias e aumento
de ordenado?”. Bastou um sorriso como resposta. Obviamente que a conversa só pode acontecer
desta forma ligeira pela boa relação que existe.
Naturalmente que só não me farto das
férias porque sou uma pessoa que se contenta com pouco, ou seja, a preguiça não
me assusta e se o vírus me atacar não me queixo. Tento não cultivar o tédio
porque acho que isso também não é vida, no entanto por vezes sabe-me bem ter
momentos sem fazer rigorosamente nada.
Gosto de umas férias com um bocadinho
de tudo, conhecer coisas novas, fazer outras de que gosto mas que no dia-a-dia
não se proporcionam, estar com a família que nesta altura regressa à base,
dormir mais um bocadinho (se a pequena deixar e felizmente deixou), quebrar com
algumas rotinas, enfim preencher bem o tempo para ter a sensação de que foi
aproveitado.
O mês de Agosto também não é dos meus
preferidos para trabalhar, pelo clima e por ter a família por cá, tornando
escasso o tempo de convívio se não estiver de férias. Felizmente tenho uma
família grande, com muitos primos e tios, que como acontece em grande parte das
famílias portuguesas, boa parte dos seus membros emigrou na década de 60 e 70,
por lá vive ainda hoje regressando apenas neste mês. Como me habituei nos tempos
de estudante a estar com eles no período de Verão, agora que o não posso fazer
com a mesma disponibilidade cronológica sinto-lhe muito a falta.
De uma coisa não me posso queixar, a
semana para pegar ao trabalho não podia ser melhor, um feriado pelo meio atenua
um bocado o ritmo e dá logo direito a descanso ao fim de dois dias de luta.
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