28 de agosto de 2012

Conspirações

Há ainda hoje quem acredite que Elvis Presley continua vivo, que Paul McCartney morreu e o seu lugar nos Beatles foi ocupado por um sósia e que o homem nunca chegou à lua. São milhentas teorias da conspiração, umas mais difíceis de acreditar, outras mais fáceis, mas todas apresentam provas inequívocas (ou não) de que andamos a ser enganados. Para os arquitectos dessas teorias, os factos que as notícias nos apresentam são lavagens cerebrais que nos remetem para um mundo paralelo de realidade distorcida, ao jeito do Matrix.
Eu próprio tento manter-me alerta e hoje apresento aqui uma prova de que a viagem do curiosity, robot desenvolvido pela NASA para visitar o planeta Marte, não passa também de uma manobra de diversão, uma farsa, uma fraude!
Parece-me claro como a água que nos andam a tentar fazer passar por parvos  com fotografias e vídeos do planeta dos marcianos que na realidade não passam de mais uma manobra de diversão. Quem não acreditar que veja as fotos abaixo. O dito robot nunca chegou a marte, está numa ilha espanhola em pleno Oceano Atlântico, mais exactamente em Lanzarote!

Supostamente Marte - http://www.nasa.gov/mission_pages/msl/multimedia/pia16102.html

Lanzarote - http://dpnow.com/galleries/showphoto.php/photo/10778/size/big


27 de agosto de 2012

Piadolas (in)evitáveis


Sempre que morre alguém minimamente conhecido, cuja vida tenha deixado  uma qualquer pegada na humanidade, torna-se inevitável o aparecimento das piadas sarcásticas  com o falecido no papel de personagem principal.
Neil Armstrong não se livra delas, seja em conversa de rua, twitter ou facebook. Neste momento estará certamente a ouvir o seu nome metido ao barulho enquanto faz o “moonwalking" com o Michael Jackson.

26 de agosto de 2012

Volta 2012

Hoje foi dia de etapa da Volta a Portugal 2012, em Leiria. A etapa começou na Praia do Pedrógão e foi discutida em 32,6 km. Tal como há dois anos foi disputada em contra-relógio, num percurso muito idêntico. Como adepto de ciclismo e de fotografia, não podia faltar ao evento e de máquina em punho e olho piscado andei por Leiria, acompanhado com um amigo, a captar todos os momentos que consegui. 
Aqui ficam algumas fotos dessas fracções de tempo:





















24 de agosto de 2012

Apenas 21 anos


O assassino norueguês, Anders Breivik, foi hoje considerado mentalmente são e consequentemente condenado a 21 anos de prisão. A justiça norueguesa prevê que passados os anos totais da pena, o condenado possa ver o tempo de prisão prolongado indeterminadamente, a cada 5 anos, caso o tribunal entenda que ainda representa um perigo para a sociedade. Acho pouco relevante se é imputável ou inimputável, a chacina que praticou não muda.
Os crimes que perpetrou, a forma minuciosa como os organizou e executou, são reveladores de uma crueldade inqualificável, influenciada pelo seu fanatismo ideológico de extrema-direita. Breivik, afirmou assumir os factos mas não a culpa por considerar ter agido em legítima defesa contra os traidores da pátria.
O mais importante para si era não ser considerado mentalmente doente, pois assim os seus ataques e ideologia seriam atestados como sérios e não patéticos. A sentença de hoje fez-lhe a vontade.
Compreendo que a justiça não tem de fazer jeitos a ninguém, deve ser séria e independente, mas tendo sido a primeira avaliação psíquica indiciadora de haver perturbações mentais, eu, preferia que tivesse sido colocado num hospital psiquiátrico, se possível sem hipótese de sair. Pelo menos esta decisão tirava-lhe a merda do sorriso provocador da tromba, nem que fosse por uns minutos. 

22 de agosto de 2012

Restauro


Segundo rezava hoje um dos noticiários da hora de almoço, uma senhora de 80 anos decidiu por sua própria iniciativa restaurar um fresco de uma igreja em Borja, perto de Saragoça. Pelo relato a senhora não contente com o estado de degradação da obra do século XIX, empenhou toda a sua boa vontade cristã e dedicou o seu tempo a reabilitar a pintura a seu gosto. Como pode ser observado na foto do antes e depois do restauro, a obra de arte ganhou uma nova vida.
Os peritos na matéria, aliás, os peritos no estilo de restauro mais comumente aceite, afirmam que será necessário descobrir o tipo de materiais utilizados para eventualmente proceder à recuperação do fresco, que se arrisca a estar irremediavelmente perdido.
Desconheço a inspiração da senhora, mas penso que será um sujeito inglês, alto, de ar estranho e meio desengonçado, de nome Mr. Bean, que num dos seus filmes teve a mesma ideia brilhante no quadro “Whistler’s mother”. A diferença é que aí a coisa não era a sério, o quadro continua intacto e exposto no Museu d’Orsay em Paris.
Assumo sem ironias, que fico genuinamente sensibilizado pela boa vontade desta fiel religiosa, independentemente do resultado não ser o mais apreciado pela restante comunidade. E se se analisar em pormenor o seu trabalho, há ali talento escondido. As imperfeições de restauro podem, na minha modesta opinião, estar associadas à falta de qualidade ou desadequação dos materiais, por exemplo a grossura do pincel. 

Antes e depois do restauro (clix.visao.pt)

21 de agosto de 2012

Comércio tradicional


No fim-de-semana desloquei-me ao centro de Leiria para ir a uma livraria, da qual gosto particularmente, e que me habituei a frequentar umas vezes para comprar, outras apenas para ver o que por ali há de novidades. Desta vez ia com o objectivo de comprar um livro específico.
Chegado lá, procurei nas prateleiras pelo dito livro, dei uma ou duas voltas ao espaço e nada. Perguntei à senhora da caixa que mo ajudou a encontrar, peguei nele, meti-o debaixo do braço e continuei a ver as prateleiras com aqueles livros todos, que me dão um prazer especial de admirar. Agrada-me ver as capas, umas mais outras menos coloridas, que escondem histórias e relatos, alguns deles despertando-me bastante a curiosidade pelo título sugestivo, outras por já ter ouvido falar nos autores ou nas suas obras, outras ainda por a capa ser simplesmente cativante. Acho que se fosse mais abastado e tivesse mais tempo não me chegava um carro de compras de supermercado para trazer os livros que me seduzem nas livrarias.
A certa altura lembrei-me de procurar um ou outro livro que tinha arquivado na mente, na secção dos “a ler um dia”. Não os encontrei. Um, outro e mais outro e nada. Saídos de lá, comentei com a minha cara-metade que aquela livraria estava a perder o fulgor que lhe conheci. Estava menos apetrechada e essa condição parece-me uma inevitabilidade, considerando que a concorrência a este tipo de lojas é feroz. Os dois maiores grupos vendedores de livros ao cliente final que conheço, estão instalados na cidade mais exactamente no recente centro comercial.
Tenho para mim que esta famigerada crise também resulta (para além dos outros milhares de razões que todas as cabeças apontam) da multiplicação de “shoppings”, grandes superfícies, hipermercados, franchisings e o diabo-a-quatro. Se sou cliente dessas locais? É claro que sou e reconheço que gosto de frequentar alguns deles, no entanto considero que estão a matar o comércio tradicional aos poucos.
O comércio tradicional é fundamental para a economia, porque a ajuda a suportar em grande parte, graças às receitas e emprego que gera. Esse emprego contrariamente às grandes superfícies é mais disperso e mais abrangente, visto que as grandes superfícies tendem a centrar recursos e infra-estruturas. Mas o que me chateia mesmo é que algumas dessas grandes superfícies obtenham financiamentos e ajudas, por parte do estado, sob pretexto da criação de empregos, quando em determinados casos isso é feito à custa do aumento de desemprego noutros locais.
Há alguns anos uma marca sueca de mobiliário recebeu ajudas públicas para a instalação de uma fábrica no norte do país. Essa fábrica desenvolveu uma região, com milhares postos de trabalho e o governo terá papagueado uma descomunal riqueza para o país. Será que contabilizou a perda de postos de trabalho de milhares de pequenos fabricantes e casas de venda de mobiliário espalhados por todo o país, que faliram, sem nunca terem recebido um tostão de incentivo?
Gosto de ir a um hipermercado com filas e filas de artigos para tudo e mais alguma coisa, onde acabo por comprar tudo o que preciso e também tudo o que não preciso, contudo tenho saudades de ir à loja do “T’Manel” que como pequena mercearia que era, tinha tudo o que me fazia falta na altura (gelados, bolos, bolachas e chocolates) mas também o que fazia falta aos meus pais (comida a sério e outros bens necessários). Era um mini-hipermercado à maneira!

20 de agosto de 2012

Brinquedo novo


Habitualmente ando com o cabelo curto, incomoda-me ter a guedelha grande. Quando vou ao barbeiro, peço-lhe o corte do costume, pente 2, assim garanto que o cabelo não me tapa a vista e que depois do duche seca em menos de um fósforo, poupando tempo e trabalho.
Há duas ou três semanas, comprei uma máquina para cortar o cabelo num hipermercado, naquelas promoções que são publicitadas nos folhetos que nos entopem as caixas de correio. À primeira vista pareceu-me uma excelente solução, o preço era amortizado em três cortes, ou seja, bom investimento garantido. Por muito má que fosse a engenhoca mal correria se não durasse esses três cortes.
Comprado o equipamento, abri a caixa logo que cheguei a casa, porque isto de comprar coisas novas (e não me considero um consumista) tem em mim um efeito semelhante ao que os brinquedos provocam nos miúdos, fico com um formigueiro na ponta dos dedos que só passa com o abrir da embalagem. Mirei a máquina, os acessórios, o livro de instruções e pronto, estava visto. Como não precisava de cortar o cabelo tive uma ideia genial, que tal cortar a barba! Se gosto de andar com o cabelo curto, com a barba passa-se exactamente o oposto, apenas vê a lâmina uma vez por semana e porque a comichão que ela provoca a determinada altura a isso obriga.
Peguei naquilo e comecei a passar a lâmina da máquina pela cara para ver se servia também para esse fim. O resultado não foi o esperado, não sei se por não ser adequada a esse propósito, se por ser um homem de barba muito rija ou outro qualquer motivo, certo é que não notei grande diferença. Não satisfeito com o primeiro teste, passei aquilo no antebraço esquerdo, o resultado foi imediato, um risco de pele lisa e sem pelos contrastando com o resto. Agora sim, já podia limpar e arrumar o equipamento, que ele já tinha dado provas!
Este fim-de-semana chegou a hora do grande teste, um corte de cabelo à séria. Antes do grande evento, alinhei o equipamento, confirmei os acessórios para por o pente certo, não fosse enganar-me e cortar mais do que queria, uma última verificação do livro de instruções e… iniciam-se as operações.
Logo que meti a máquina à cabeça fiquei com a sensação de que a intervenção iria ser ligeiramente mais complicada do que pensara inicialmente, o manuseamento da geringonça não confirmava a agilidade que aparentava o boneco da figura no livro de instruções.
Passados cinco minutos, já tinha perdido o sentimento de haver feito o melhor investimento do mundo. Tinha dificuldade em chegar a determinados locais, não conseguia ver ao espelho como é que me estava a safar na zona da nuca, estava afogado num mar de cabelos triturados que se metiam por todo o lado e deixavam uma comichão chata como o caraças. Resisti, mas acabei por chamar a minha esposa para me dar uma mãozinha no desbaste do tufo “meio lavrado” que permanecia no alto da moleirinha. Findo o trabalho, as conclusões tiradas eram um bocado diferentes do que pressupunha, cortar o cabelo à própria cabeça é uma tarefa difícil e chata. 

17 de agosto de 2012

Testamento vital

Li num daqueles comentários às notícias publicadas em jornais online que a aprovação do testamento vital é um sinal de civilidade, não sei se é e se concordo ou não com esta ideia, certo é que concordo com a aprovação da sua validade legal.
Em conversa com um amigo, dizia-me ele que já era possível as pessoas recusarem o tratamento em caso de doença, e de facto é mesmo, a diferença é que essa recusa apenas pode ser exercida conscientemente. Com o testamento vital as pessoas assumem formalmente e reconhecem legalmente perante um notário ou uma entidade criada para este efeito, que em situações em que não possam manifestar a sua vontade ou que o estado mental não lhes confira validade, não recebam cuidados que as mantenham vivas. A questão será mais complexa do que o explicado abreviadamente mas o princípio será esse.
Acho, e já tive oportunidade de aqui o dizer anteriormente, que considero ser fundamental que a medicina faça todos os esforços para nos manter vivos e de boa saúde, acho também importante que essa manutenção da vida não exceda a dignidade na hora da morte. E aqui começa um conflito interior, até que ponto deixar morrer alguém que se encontre em estado vegetativo pela ausência de suporte básico da vida, como a alimentação, é proporcionar uma morte digna e civilizada? O testamento vital vai permitir isso aconteça.
Haverá por certo pessoas para quem é preferível isso a uma condição irreversível e decadente, que não beneficia ninguém e que aos olhos do estado (fazendo uma análise ainda mais fria) é meramente um avolumar da despesa.
São opiniões que respeito e que tento não julgar, pois quando se trata da própria vida aceito que cada um faça o que achar melhor desde que não ponha em causa a de terceiros.   

16 de agosto de 2012

Dia especial


O dia de ontem foi completamente direccionado para o lazer e bem-estar, com este palavreado poderá parecer que criei uma associação recreativa mas não, foi um dia bem passado.
De manhã fui com a minha esposa a um spa num hotel situado numa praia da região oeste, daqueles que são referenciados pelos vouchers, que agora existem para uma série de actividades e que são oferecidos e recebidos em ocasiões especiais. Este obtivemo-lo através de pontos ganhos em compras.
Chegados ao hotel, a primeira impressão foi muito boa, como de resto seria expectável tendo em conta a sua classificação de 5 estrelas. A aparência e os serviços disponibilizados eram naturalmente condizentes.  Depois de usufruir do que o voucher nos permitia e antes de ler-mos cada um o seu livro deitados numas espreguiçadeiras junto à piscina, almoçámos umas normalíssimas tostas mistas e duas colas pelas quais pagámos uma pequena fortuna.
A clientela (gosto desta palavra, e aplicada a gente que frequenta hotéis de 5 estrelas, ainda me agrada mais) era essencialmente estrangeira, o que não admira, na sua maioria alemã, francesa e inglesa. Por lá há mais euros, mas as suas vidas são mais cinzentas e se querem um bocadinho de sol, calor e boa-vida, têm de vir ter connosco que tão bem os recebemos.
Quando saímos, a minha cara-metade perguntou-me a minha opinião do hotel e dos serviços. O meu sentimento em relação a este tipo de ambiente é um bocado contraditório, acho que disfrutar destas mordomias é um privilégio, no entanto sinto-me completamente deslocado e a balança pende sempre para este lado. Como não pertenço àquele meio, não me sinto confortável nele e não gosto de me por em bicos de pés para parecer maior do que sou na realidade. Digo isto sem qualquer tipo de sentimento de inferioridade ou discriminação, as coisas são como são.
Ao jantar, e porque era um dia especial, fomos a um restaurante que é, em minha opinião, o melhor de Leiria. Um pequeno espaço com 50 ou 60 m2 absolutamente extraordinário, muito acolhedor e com iguarias excepcionalmente bem confeccionadas. Foi um manjar delicioso em muito boa companhia. Como curiosidade, pagámos sensivelmente o mesmo que por duas tostas mistas e duas colas ao almoço.

13 de agosto de 2012

Era doce e acabou-se


Como tudo tem um fim, as férias não são excepção, ao décimo terceiro dia de Agosto voltei ao trabalho. Foi contra minha vontade, que fique claro. Quando um dia um dos administradores da empresa onde trabalho me perguntou se não estava farto de férias, respondi-lhe com nova pergunta, “Já alguma vez recebeu alguma queixa por excesso de férias e aumento de ordenado?”. Bastou um sorriso como resposta.  Obviamente que a conversa só pode acontecer desta forma ligeira pela boa relação que existe.
Naturalmente que só não me farto das férias porque sou uma pessoa que se contenta com pouco, ou seja, a preguiça não me assusta e se o vírus me atacar não me queixo. Tento não cultivar o tédio porque acho que isso também não é vida, no entanto por vezes sabe-me bem ter momentos sem fazer rigorosamente nada.
Gosto de umas férias com um bocadinho de tudo, conhecer coisas novas, fazer outras de que gosto mas que no dia-a-dia não se proporcionam, estar com a família que nesta altura regressa à base, dormir mais um bocadinho (se a pequena deixar e felizmente deixou), quebrar com algumas rotinas, enfim preencher bem o tempo para ter a sensação de que foi aproveitado.
O mês de Agosto também não é dos meus preferidos para trabalhar, pelo clima e por ter a família por cá, tornando escasso o tempo de convívio se não estiver de férias. Felizmente tenho uma família grande, com muitos primos e tios, que como acontece em grande parte das famílias portuguesas, boa parte dos seus membros emigrou na década de 60 e 70, por lá vive ainda hoje regressando apenas neste mês. Como me habituei nos tempos de estudante a estar com eles no período de Verão, agora que o não posso fazer com a mesma disponibilidade cronológica sinto-lhe muito a falta.
De uma coisa não me posso queixar, a semana para pegar ao trabalho não podia ser melhor, um feriado pelo meio atenua um bocado o ritmo e dá logo direito a descanso ao fim de dois dias de luta. 

12 de agosto de 2012

Os Jogos


Não sei se Pierre de Frédy, Barão de Coubertin, alguma vez supôs que os jogos com que sonhou e criou atingissem tamanha dimensão. Sinceramente acho que sim, não querendo assumir-me como intérprete dos seus pensamentos, penso que terá sido esse o mote que o levou a fundar estes Jogos Olímpicos da era moderna.
Já terá dado para perceber aqui no blog que o meu desporto preferido é o futebol, que o Mundial e Europeu da modalidade são competições que sigo muito atentamente, no entanto, e tendo porventura audiências equivalentes (desconheço as estatísticas), os Jogos Olímpicos são um evento mais global, mais abrangente e não é só por envolverem mais modalidades. O “Fair play” desportivo transparece com mais nitidez. Há naturalmente excepções, como casos de indisciplina e doping que embora existam pouco afectam o “Espírito olímpico”.
Qualquer atleta sonhará participar naquela competição, sendo para muitos “um” ou “o” ponto alto da sua carreira, conquistada ou não uma qualquer medalha.
Por estes dias dou por mim a assistir a competições em desportos que numa situação normal, fora deste evento, não me fariam gastar um minuto do meu tempo e isso só consigo explicar pelo ambiente que se cria em torno dos Jogos Olímpicos.
Mas isto de observar diversas modalidades expõe algumas dificuldades, caso do Voley feminino, onde se torna quase impossível acompanhar a bola, já nem falo na sua trajectória, e muito menos o resultado. O meu olhar e atenção dispersam-se no campo pelas intervenientes, essas sim acompanho-as de alto a baixo.
Quanto às medalhas, achei extraordinário que Michael Phelps tenha conseguido nas suas participações quase tantas medalhas (22 no total), como todos os atletas portugueses juntos em todas as edições (23 no total). Não quero tirar o mérito aos nossos, acho que muitos deles são maiores que outros que arrecadam medalhas às mancheias.
Não haverá medalha que faça jus ao esforço de uma administrativa da câmara municipal de Ovar que, sendo a única amadora, ficou à frente da campeã mundial de 2009 na final dos 3000 metros obstáculos, mesmo com um honroso 11º lugar, de seu nome Clarisse Cruz.

11 de agosto de 2012

Sem sono



Alfândega da Fé, 8 de Agosto 2012

O relógio marcava 6h37 quando abri os olhos pela primeira vez. Ás 6h54, tive a clara sensação de que já não valia a pena insistir mais, até porque com mais de 31 anos de experiência na área, já me conheço o suficiente para saber que dormir era coisa que não voltaria a acontecer nesta manhã. Dormir é para mim quase comparável ao futebol, adoro praticar mas infelizmente a habilidade é pouca.
Não é uma inaptidão recente, desde que me lembro de ser gente que tenho pouco jeito para dormir, se for fora de casa (e a casa está a 300 km) ainda pior.
Como estou de férias, fora de casa e sem sono, que melhor do que arrancar-me da cama, pegar no caderno, lápis e máquina fotográfica e vir para a varanda do hotel escrever estes rabiscos. Ainda tentei começar a organizar os pensamentos enquanto deitado, contudo alguns deles já começavam a querer escapar da memória como se de areia por entre os dedos se tratasse e pelo sim pelo não achei melhor fazer o esforço de os agarrar no papel, não fossem eles querer abandonar-me de vez.
Por hábito escrevo directamente num programa de edição de texto, não tenho por hábito andar de caderno comigo, visto não ter muita paciência para carregar acessórios, já basta a carteira, telemóvel e chaves. Quando vou de férias e como não tenho de andar permanentemente com ele, costumo levá-lo. Já o computador fica em casa, regra que sigo mais por respeito a quem me acompanha que por mim.
Felizmente que desta vez o meu pequeno caderno me acompanhou, é que estar sem sono às 7h da manhã quando quase todo o hotel ainda dorme e não tendo muito para fazer, que melhor do que pegar no caderno, lápis e máquina fotográfica e vir para a varanda disfrutar de um fresco nascer-do-sol nesta rara paisagem.


10 de agosto de 2012

Férias em Alfândega da Fé

Nos últimos dias não tenho estado em casa, tenho estado perto de Alfândega da Fé a usufruir de umas belas férias em boa companhia. Ao longo deste curto período aproveitámos para visitar o castelo de Bragança que impressionou pela cuidada preservação, fizemos breves paragens para almoçar em Viseu (na ida), em Trancoso (no regresso) e em Mirandela para um magnífico jantar junto ao rio Tua.
As paisagens que tivemos oportunidade de admirar são absolutamente fantásticas, sobretudo as vistas do hotel sobre uma paisagem montanhosa que parece enrugar o horizonte até o perdermos de vista.
Não sendo propriamente perto, por a distância ser de aproximadamente 300 km, valeu a pena conhecer locais que eram para mim praticamente desconhecidos. Para quem acha que as auto-estradas no interior são pouco utilizadas e trazem pouca mais-valia ao país, deixo um conselho, experimente ir lá para aqueles lados por estradas nacionais, por certo essa opinião vai mudar.  

5 de agosto de 2012

Utilidades

Hoje encontrei um site que me deixou maravilhado. Não tem nada de extraordinário, a não ser encaminhar quem o consulta para tudo o que pode ser extraordinário, ou no mínimo útil.
O site, é um índice online que disponibiliza endereços de outros relacionados com os mais variados temas que podem ir desde o cinema, televisão, fotografia e por aí fora. Esta ferramenta é muito valiosa não só para consultar novos locais por descobrir, como também aqueles que se frequentam habitualmente, aliviando assim as sobrecarregadas barras de favoritos (como é o caso da minha!).
Para os interessados aqui fica o endereço: 

1 de agosto de 2012

Férias no Buçaco

Os últimos 2 dias foram passados juntamente com a minha esposa no Buçaco. A opção por este destino teve a ver com a magnífica paisagem que esperávamos encontrar, ser um local que ambos desconhecíamos e simultaneamente um espaço que parecia ser o ideal para descansar. Missão (mais ou menos) cumprida. 
Que a paisagem é magnífica não há a mais pequena dúvida, a mata do Buçaco é um local absolutamente extraordinário, com algumas espécies vegetais raras ou exclusivas daquele local, que ajudam a compor a densa floresta que espero seja preservada durante muitos e bons anos. Cheira mesmo a natureza!
Quanto ao descansarmos a coisa já foi um bocado diferente. Na segunda-feira depois de chegarmos, fizemos uma agradável caminhada por alguns dos trilhos existentes na mata que permitiram conhecer um bocadinho do que é aquele belo espaço. Ontem, para não nos rendermos ao tédio, decidimos visitar Penacova, a Lousã, as aldeias de Xisto, Lorvão e um sem número de terras que nos foram aparecendo ao caminho ao longo de 4 horas de carro, graças à curiosidade que nos levou a perder-mo-nos.
A visita não foi tão proveitosa quanto pretendíamos e os percursos foram no mínimo, surpreendentes! Por exemplo para chegar às tão badaladas aldeias de xisto tivemos de percorrer um autêntico "caminho de cabras", sem alcatrão e que é ideal para fazer de jipe ou pick-up. Azar dos azares, conduzo um carro ligeiro e não tenho muita paciência para andar em primeira durante 7 ou 8 km a subir. Manias! Não fora esse contratempo e poderíamos ter visitado mais do que apenas uma aldeia, Casal Novo, que contava com 1 habitante.
Para hoje tínhamos planeada a visita ao Mosteiro que fica junto ao Palácio do Bussaco, onde ficámos alojados, mas como a abertura já estava vergonhosamente mais de 20 minutos atrasada, decidimos regressar a casa. Para minha grande tristeza também não consegui encontrar o "Homem do Bussaco".
 Palácio do Bussaco

Palácio do Bussaco

 Palácio do Bussaco

 Casal Novo - Lousã

 Casal Novo - Lousã