Este último domingo
foi diferente do habitual, fomos ao “Pinhal das artes”. O “Pinhal das artes”
pode resumir-se como um festival de actividades para os mais pequenitos,
realizado na mata de São Pedro de Moel.
Essas actividades são
desenvolvidas em pequenas tendas ou espaços devidamente identificados e procuram
proporcionar-lhes a eles e aos pais, um conjunto de sensações. Essas
experiências sensoriais são orientadas para os mais pequenos de uma forma que
lhes permita contactar com coisas simples e ajustadas ao seu nível de
desenvolvimento. No “Pinhal das artes” é respeitada a liberdade de movimentos
dos pequenitos, estimulada a sua curiosidade e contacto com a natureza. Não
confundir com um acampamento Hippie!
A pequenita, inundada
por aquele espírito, assim que lá chegou agiu como é seu hábito… de forma muito
desconfiada! Manteve aquele seu ar sisudo de sobrancelha franzida e bem
agarrada ora ao pai, ora à mãe.
Num dos recantos do
espaço onde era proposto ao olfacto um conjunto de saquinhos com diferentes
conteúdos, manteve-se sempre distante da senhora que passava com os tais aromas
até que, num dado momento um pequeno toque em pó talco da minha mão que lhe
passou levemente pelo narizito, fez despertar a curiosidade acumulada. Daí
para a frente queria cheirar tudo e mais alguma coisa, se possível repetindo.
Assistimos também a
um teatrinho com marionetas e cantorias, sempre com a interacção da assistência,
almoçámos e como a hora da sesta não perdoa, fizemo-nos ao caminho para casa.
Na memória da
pequenita deve ter ficado uma manhã diferente em que pode passear em liberdade
ao ar livre, sem o perigo dos carros que andam na rua, sem sentir que havia uma
barreira física aos seus movimentos. Não se esqueceu também do burro (de quatro patas) que lá estava.
Quanto a mim, gostei
de a ver disfrutar daqueles momentos. Não acho lá muita piada ser solicitado
para cantorias, teatros, palminhas ritmadas e afins. Não tenho nem à vontade, nem vontade de participar nesse tipo de coisas, não me está no sangue. Mas ainda
bem que nem todos são como eu, caso assim fosse aquilo seria mesmo uma grande
seca.
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