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Realizou-se ontem a
cerimónia de atribuição dos óscares em Hollywood e o vencedor do galardão para
melhor filme foi atribuído a uma obra no mínimo… diferente, “O Artista”, de
Michel Hazanavicius, um realizador francês de origem lituana.
A película é rodada a
preto e branco e a história, retratada ao jeito do cinema dos anos 20 é
inteiramente fiel ao cinema dessa época, ou seja, cinema mudo a preto e branco.
Aliás é exactamente esse o seu principal tema, a transição para o cinema
falado, ao qual o protagonista resiste assinando assim a sua decadência.
Nos dias que
antecederam a cerimónia e já hoje após o conhecimento do vencedor, ouvi e li
alguns críticos de cinema manifestar o seu desacordo, por considerar que o
filme não era suficientemente interessante para merecer um óscar ou que não
seria um filme capaz de ficar na história do cinema.
O meu gosto pessoal
indicou-me o contrário, acho que o filme está muito bem conseguido, tem algo de
inesperado e pouco óbvio, por utilizar um formato diferente do actual e mesmo
assim conseguir ser atractivo. É certo que o argumento não é tão apelativo e
envolvente como é o caso de “As serviçais”, mas também me parece lógico que
nunca um filme mudo conseguiria transmitir ao espectador a intensidade deste
último, por não disporem os actores da força da palavra. Se fica ou não para a
história é um aspecto pouco importante, pois certamente em 82 anos de óscares
muitos foram os vencedores de quem já ninguém se lembra, outros marcaram o
cinema e não ganharam nada.
Considero também justo
vencedor do Óscar para melhor actor principal, Jean Dujardin que desempenha a
personagem de George Valentin nesse mesmo filme. Representar uma personagem ao
estilo de mimo e ser eficaz na mensagem que se transmite denota uma capacidade
notável.
Só faltou mesmo o
óscar para melhor actor secundário atribuído ao cão de George Valentin. O bicho
é extraordinário!
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