O prémio Nobel da paz
foi atribuído este ano a duas Liberianas, Ellen Johnson Sirleaf, presidente da
república (ou presidenta, como advoga Pilar del Rio, viúva de Saramago) e Leymah Gbowee e uma iemenita, Tawakkul Karman. A atribuição do prémio é justificada
pelo empenho pacífico que as laureadas tiveram na defesa dos direitos das
mulheres.
Sinceramente, não
conheço as senhoras e muito menos a sua obra, o que não impede o natural agrado
pela atribuição do prémio, sobretudo pela importância que pode assumir na
afirmação da causa.
Felizmente que por
cá, principalmente após o 25 de Abril, as mulheres têm conquistado o seu espaço,
e os seus direitos são-lhes integralmente e igualitáriamente reconhecidos à luz
da constituição, não quero com isto dizer que a sociedade seja completamente
justa, mas estamos no bom caminho. Tendo uma mãe, uma esposa e uma filha, sinto-me
naturalmente aliviado por saber que são tratadas com o respeito e a dignidade
que lhes é devida, sem serem privadas do acesso à formação, trabalho, saúde e
tantos outros “bens” que a liberdade proporciona, sem terem de ser sujeitas às
privações com que estas três mulheres tiveram de lutar.
Para além da igualdade humana, se considero as mulheres iguais aos homens? Não, não considero. São piores em muitas coisas, e melhores noutras tantas ou ainda mais (La Palice não seria mais verdadeiro). Há evidentes diferenças físicas (graças a Deus) e psicológicas, logo nem nos próximos dois mil anos seremos iguais. Portanto as "guerras dos sexos" são na minha opinião um completo disparate uma perfeita inutilidade, não são nem mais nem menos, são pura e simplesmente diferentes, razão pela qual também não concordo minimamente com a celebração do "Dia da Mulher" por o entender como discriminatório. Ser
mulher não é uma condição de inferioridade ou uma doença que necessite de um dia do calendário para que nos lembremos delas.
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