No último mundial de
sub-17 ocorrido no méxico, entre Junho e Julho, foram detectados níveis
superiores de uma substância proibida, o clembuterol, a 109 atletas! Exactamente,
não há aqui nenhum erro ortográfico são mesmo 109.
A explicação dada
pelo chefe dos serviços médicos da FIFA, Jiri Dvorak, remete não para o consumo
de substâncias proibidas mas para um problema de saúde pública existente no
méxico! Pessoalmente não poderia estar mais de acordo, é sem dúvida um problema
de saúde pública, mas não acredito que não esteja associado ao consumo
voluntário ou não, de um produto interdito.
O produto em causa pode ser utilizado
para a perda de peso ou como broncodilatador em doentes com asma.
Neste caso
particular, havendo 109 casos e 0 condenados, a história parece demasiado mal
contada. Não sei quais os jogadores envolvidos, se pertenciam a várias
selecções e eram casos isolados dentro das mesmas, se foram vários jogadores
das mesmas selecções, ou se houve um qualquer padrão de jogadores
afectados.
Em 109 jogadores
apanhados, devem haver algumas jovens e valiosas promessas pertencentes a
clubes muito poderosos, que não interessará punir com 1 ou 2 anos de castigo
sob pena de lhes arruinar a carreira e deitar a perder muitos milhões. Um jovem
jogador de 17, 18 ou 19 anos está na transição para sénior e num momento
preponderante para a sua evolução. Alguns dos jogadores ganharam lá
visibilidade a nível mundial, o que pode determinar o salto para um clube de
top, alguns deles teriam já contractos assinados envolvendo valores chorudos.
Mais, castigar um jogador não é o mesmo que castigar 109 e ter também dezenas
de clubes à perna.
Não terá sido por esses
motivos que uma ilegalidade com riscos para a sua saúde presente e futura dos
atletas se transformou num problema de “saúde pública”?
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