Vi um artigo na Obviousmag cujo título era "qual a música que te define?", que achei interessante e me pôs a pensar naquilo que podia ser a banda sonora da minha existência. O exercício de memória que fiz levou-me não para "a" música que me define, porque isso é pura e simplesmente impossível, nem sequer tenho apenas uma música preferida, tenho várias, nem me considero "encaixável" numa única faixa de um álbum.
Pensei então em fazer aqui uma listinha de músicas que podiam, pela sua letra, melodia ou importância, fazer parte do alinhamento do meu percurso, nas fases que porventura mais me marcaram.
Começava por colocar "Inner Child" de Mike Oldfield no meu nascimento, depois na fase da descoberta onde se aprende tanta coisa, a andar, a falar e tantas outras coisas, punha a tocar "La découverte" de Yann Tiersen.
Depois foi o martírio, a escola, mais escola, ainda mais escola e eu que não
gostava nada daquilo! Nos primeiros anos era mesmo um tormento, o melhor tema
que o descreve, “Another brick in the Wall” de Pink Floyd. No projecto de fim de
curso, a par dos meus colegas, chegámos mesmo a por a letra da música na página
de abertura (atitude um bocado mal aceite pelo júri).
O tempo não pára e desliza
sempre para a frente, quando dei por mim estava com o curso acabado e à procura
de emprego, “Ai ai que vida” (Dead Combo).
Noutro
abrir e fechar de olhos, caí-me a minha filha nos braços, "The heart asks pleasure first" de Michael Nyman.
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