A indústria da música
tem-se debatido nos últimos anos com uma grave crise (onde é que eu já ouvi
isto?!), que segundo as editoras se deve à pirataria cibernética.
Hoje no jornal Blitz
online, foi publicado um artigo referindo que a Associação Fonográfica
Portuguesa estimava que as quebras na venda de música em suporte físico e
digital rondavam os 40%, no primeiro semestre de 2011. Não sei quais são os
dados para a venda de livros mas também deverão sofrer do mesmo mal, ainda que
porventura menos expressivo, pois sensação de ler um livro digital não é a
mesma que a de ler um livro em papel.
Sinceramente, já nem
me lembro do último CD que adquiri por ter sido há bastante tempo. Não o faço
por um simples motivo, são caríssimos! Um álbum ronda os 17 a 20 €, traz 10 ou
12 músicas e aquelas que geralmente interessam são 2 ou 3. Pagamos portanto um
balúrdio por cada música útil. Quem não quiser fazer pirataria consegue ouvir
música na mesma e a melhor preço, gratuitamente, pois há na internet dezenas de
locais que satisfazem a necessidade, caso do youtube, cotonete e por aí fora.
Quanto à leitura, o
caso não é muito diferente, sendo igualmente dispendioso comprar um livro com
regularidade visto os preços não diferirem muito dos dos CD’s. Uma forma de
contornar as despesas é recorrer à partilha de livros com os amigos. Por
diversas ocasiões evitei a compra de um livro por um amigo meu o ter.
Nos tempos duros que
atravessamos que parecem estar para durar, a cultura é cada vez mais um “luxo”,
pois se os trocos mal chegam para o pão nosso de cada dia, de que forma
poderemos investir no nosso conhecimento e na nossa formação?
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