Como diz o adágio
popular, “O português é uma língua muito traiçoeira”, se falarmos da sua
aprendizagem por uma criança de 1 ano e meio, a sentença não poderá ser mais
verdadeira.
A pequenita é muito
dedicada à aprendizagem da sua língua materna, nota-se mesmo que faz um esforço
em repetir o que ouve e por o fazer o mais parecido ao que lhe é dito. Por
vezes repete 3 ou 4 vezes uma palavra e nota-se que por vezes melhora a cada
repetição. Corro o risco de não ser muito imparcial na avaliação pela ligação
de pai que tenho com ela, mas acho que não estou a cair em exageros.
Ontem estava sentada
à mesa e dirigiu-se a mim com um “Pai, a puta!”. Fiquei um bocado espantado com
o vocabulário, sem saber muito bem o que dizer, primeiro porque não sabia onde
teria ido buscar tal palavra e segundo por ela não conhecer ninguém que
pratique a actividade. Repetiu novamente, agora estava eu a olhar para ela e
pude perceber-me pela colher que tinha na mão que tinha acabado de comer a
compota de “Fruta”.
Corrigi-a mas ela
insistia naquela palavra. Tive uma ideia, e que tal em vez de “fruta” dizer “frutinha”.
Obviamente que o resultado não foi muito melhor pois a dificuldade dela era em
dizer “Fr” e não “uta”, logo não era solução a suposta brilhante ideia.
Como viu que aquela
palavra tinha causado uma reacção diferente, insistiu vezes sem conta até se
fartar. A tarefa agora terá de passar por ensiná-la a melhorar a sua dicção no
que respeita ao “Fr”, de preferência com recurso a outras palavras.
As crianças são inocentes!
ResponderEliminarPrepara-te que episódios do "Português traiçoeiro" ainda não terminaram. A fase dos 6 anos, quando for para escola e aprendar juntar letrinhas, também vai ser engraçada porque todos os garotos acham piada ao execercício do "p", ainda mais dizer em frente das pessoas, para os pais sentirem-se envergonhados:
pata
peta
pita
pota
p...a
Carla